domingo, setembro 19, 2010

Último post

E cheguei ao fim, amanhã deixo a aluna de secundário que fui e vou em direcção ao rol de caloiros de Medicina do qual faço parte. A adolescente cresceu e chegou ao fim da caminhada, mas como dizia o outro "The beginning is in the end" e assim começa uma nova fase, uma nova etapa.
Nervosa? Muito!
Com medo? Algum!
Preparada? Talvez...
Vou aprender muito com isto? Óbvio que sim! :D
Passei por muito, escrevi muito, diverti-me muito, chorei, ri, cantei, dormi e "amiguei" muito, mas agora vou passar por novas experiências, conhecer novas pessoas, sítios, cantos e recantos de um mundo novo aqui bem pertinho de mim.
Vou-me para o Norte, adeus mãe, adeus pai, adeus Jony, adeus a todos os que leram, comentaram e me acompanharam ao longo deste tempo. Mas não fiquei triste, brevemente dou notícias... :p
Kudos

domingo, setembro 12, 2010

Um pequenino email que fez toda a diferença! :D

Cara INÊS GOUVEIA,

Concluída a 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, vimos informar que o resultado da tua candidatura foi o seguinte:

Resultado: Colocada
Estabelecimento: [1108] Universidade do Porto - Faculdade de Medicina
Curso: [9813] Medicina

Poderás consultar os detalhes do resultado da tua candidatura em www.dges.mctes.pt/coloc/2010 a partir das 0h de dia 12 de Setembro de 2010.
Poderás também obter um extracto da tua candidatura iniciando sessão no sítio da candidatura online.

(...)

Aproveitamos para agradecer a tua utilização do sistema de Candidatura Online ao Ensino Superior.

Obrigado e Felicidades,

Direcção Geral do Ensino Superior

Obrigado eu! :')

sábado, setembro 04, 2010

Porto seguro

Deixo o meu porto seguro
o meu cais de paz e conforto
e vou partir.
Já não falta muito,
já faltou mais,
o tempo demora a passar
e os minutos e os segundos são iguais.
Por um lado quero partir
quero rumar à aventura
testar os meus limites
Por outro, quero ficar
quero mais risos, mais momentos,
mais tardes e noites,
parece que tudo o que fiz está incompleto,
apesar de o meu caminho aqui ter chegado ao fim.
Sempre que penso na ideia de partir
volta à minha mente a imagem do Ferry boat,
aquele cais que eu adoro a ficar mais longe
e o areal desconhecido a tomar o seu lugar
cada vez mais perto
apesar de nada em mim mudar,
continua no convés, encostada,
não mudei de lugar.
Está quase,
já falta pouco para embarcar
e as saudades chegaram adiantadas.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Illumination


Alex:
I have reflected many times upon our rigid search. It has shown me that everything is illuminated in the light of the past. It is always along the side of us, on the inside, looking out. Like you say, inside out. Jonathan, in this way, I will always be along the side of your life. And you will always be along the side of mine.

Everything is illuminated...

sábado, agosto 28, 2010

Trainspotting


Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?

I chose not to choose life: I chose something else. And the reasons? There are no reasons. Who need reasons when you've got heroin?

Queres saber o fim deste filme? Atreve-te a ver...

quarta-feira, agosto 25, 2010

Let it go...

Nathaniel Fisher: You hang on to your pain like it means something. Like it's worth something. Well, let me tell you - it's not worth shit. Let it go! Infinite possibilities, and all he can do is whine.

David Fisher:
Well, what am I supposed to do?

Nathaniel Fisher:
What do you think? You can do ANYTHING, you lucky bastard - you're alive! What's a little pain compared to that?

David Fisher:
It can't be that simple.

Nathaniel Fisher:
What if it is?

(What if it is that simple and I'm just missing the point? Could it be? Maybe...)


sexta-feira, agosto 20, 2010

"Sodade"

Saudade é um sentimento que devora por dentro. Começa no coração. É como um veneno que queima por dentro e depois pela artéria pulmonar segue para os pulmões e deixa-nos sem respiração, ficamos sem oxigénio e começa a dor. É como se nos faltasse o ar, com a excepção que não é ar que nos falta, mas sim alguém, ou algo. Sem o oxigénio, a cabeça começa a andar à roda e os sentidos baralhados. Parece mentira, mas não é.
São saudades...



[O tempo não pára, só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo... ]

segunda-feira, agosto 16, 2010

A thought...


Sometimes in life you can not win. You have to lose games in order to realise your mistakes and change, while you can...

sábado, agosto 14, 2010

Terminal nº8

Fico à espera de uma coisa que pode nunca chegar, de uma coisa que pode nunca acontecer. Enquanto espero que aconteça, o mundo à minha volta continua a mover-se, a vida continua mas eu continuo à espera do Expresso, da viatura número 35 com destino...bem, ao destino! O autocarro aproxima-se mas ainda não consigo ver qual é o destino. Será Porto? Ou é Lisboa que está escrito no painel? Não sei... até podia ser Coimbra ali escrito ao cantinho, mas ainda não está no meu horizonte, talvez daqui a um mês, talvez.

Entretanto, estou aqui parada. Antecipo uma grande viagem e por isso quero parar o tempo durante algum tempo e deixar-me levar pois, agora sim, tenho a liberdade para o fazer mas sinto que não estou no sítio certo à hora certa mas sim no sitio errado e no momento errado. Sinto-me presa no tempo, embora não queira que ele passe, só gostava que não passasse quando estivesse no local correcto, com as pessoas certas.

O autocarro está quase a chegar, faltam 31 minutos e com a proximidade da viagem chegam as saudades. Apertam-me o coração, dói um pouco, mas é uma boa dor, significa que deixamos para trás pessoas que valeram a pena, pessoas que partilharam bons momentos connosco e que superaram os maus. As outras, bem, dessas não há saudades se houver é apenas pena das coisas não terem resultado melhor para nós.

No terminal estão como eu outros viajantes, caras conhecidas, amigos e amigas, prontos também a embarcar numa viagem muito parecida à minha, com a diferença de ser a deles. Ficam também para trás outros que amamos mas que não partem, ficam, a vida deles cumprida ou não, mas lá estão eles... Serão eles a acenar-me com o coração nas mãos e uma lágrima ou duas nos olhos. A saudade aperta e ainda nem sequer parti...

Espero agora, no terminal nº8, espero e desespero, sempre odiei esperar que a vida viesse até mim, rápido e eficaz é o meu lema mas agora sou contrariada e talvez por isso me pareça que o tempo passe tão devagar ou talvez eu esteja a adiar a despedida... não sei, talvez, veremos o que será de mim e da minha vida.

É uma viagem, é a minha viagem, fá-la-ei só, mas é assim que tem que ser, não há outra maneira. Por isso ainda espero, no terminal, pelo autocarro. Já só faltam 30 minutos...

quinta-feira, agosto 12, 2010

Eu quero!

Queres ser Médico meu Filho?

É uma aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência. Desejas que os homens te tomem por um Deus que alivia os seus males e afugenta os medos? Pensaste bem no que vai ser a tua vida? Terás que renunciar à vida privada; enquanto que a maioria dos cidadãos, terminado o seu trabalho, podem isolar-se dos importunos, a tua porta permanecerá sempre aberta para todos; a qualquer hora do dia ou da noite virão perturbar o teu descanso, os teus prazeres, a tua meditação; não terás horas para dedicar à tua família, à amizade ou ao estudo; já não te pertencerás. Os pobres acostumados a padecerem, só te chamarão em caso de urgência; mas os ricos tratar-te-ão como um escravo encarregado de remediar os seus excessos; seja porque têm uma indigestão, seja porque estão com um catarro; farão com que te despertem a toda a pressa, desde que sintam a menor inquietação, pois estimam demasiado a sua pessoa. Terás de mostrar interesse pelos pormenores mais vulgares da sua existência, decidir se devem comer vitela ou cordeiro, se devem andar deste ou daquele modo quando passeiam. Não poderás ir ao teatro, nem estar doente; terás que estar sempre pronto para ir à primeira chamada do teu amo. Eras severo na escolha dos teus amigos; procuravas a companhia dos homens de talento, de artistas, de almas delicadas; mas de agora em diante não poderás afastar os fastidiosos, os escassos de inteligência, os desprezíveis. O desonesto terá tanto direito à tua assistência como o homem honrado; prolongarás vidas nefastas e o segredo da tua profissão proibir-te-á de impedir crimes de que serás testemunha. Tens fé no teu trabalho para conquistares uma reputação; tem presente que te julgarão, não pela tua ciência, mas por casualidade do destino, pelo corte da tua capa, pela aparência da tua casa, pelo número dos teus criados, pela atenção que dedicares às conversas e aos gostos da tua clientela. Haverá quem desconfie de ti se não fazes a barba, Outros porque não vens da Ásia; outros porque acreditas nos deuses; outros, porque não acreditas neles. Gostas da simplicidade; terás de adotar a atitude de um augur (adivinho). Eras ativo, sabes o que vale o tempo, mas não poderás revelar fastídio nem impaciência; terás que suportar relatos que começam no princípio dos tempos para te explicarem uma cólica; serás consultado por ociosos que só querem conversar. Serás o vazadouro do seu mundo de vaidades. Sentes a paixão pela verdade, mas já não poderás dizê-la. Terás que ocultar a alguns a gravidade do seu mal; a outros a sua insignificância, pois lhes desagradaria. Terás que ocultar segredos que possuis, consentir em parecer enganado, ignorante, cúmplice. Embora a Medicina seja uma ciência obscura que os esforços dos seus fiéis vão iluminando de século para século, nunca te será permitido duvidar, sob pena de perder todo o crédito. Se não afirmas que conheces a natureza da doença, que possuis um remédio infalível para curá-la, o povo irá procurar charlatães que vendem a mentira de que precisa. Não contes com agradecimento: quando o doente se cura, isso é devido à sua robustez; se morre, foste tu que o mataste. Enquanto está em perigo, trata-te como um deus, suplica-te, promete-te, enche-te de honras; assim que está convalescente, já o estorvas; quando se trata de pagar os cuidados que lhe prodigalizaste aborrece-se e maldiz-te. Quanto mais egoístas são os homens, maior solicitude exigem. Não contes ficar rico com esse ofício tão penoso. Já to disse: é um “sacerdócio” e não será decente ver nele a ganância como a que se vê num azeiteiro ou num vendedor de lã. Tenho pena de ti se sentes admiração pela beleza; verás o mais feio e repugnante que existe na espécie humana: todos os teus sentidos serão mal tratados.
Encostarás o teu ouvido contra o suor de peitos sujos, respirarás o odor de habitações miseráveis ou os perfumes gastos das cortesãs, hás de palpar tumores, tratar chagas verdes de pus, contemplar urinas, observar expectorações, olhar e cheirar imundices, meter o dedo em muitos sítios. Quantas vezes, num dia formoso, cheio de sol e perfumado, ao sair de um banquete ou de uma peça de Sófocles, te hão de chamar para um homem com dores no ventre, que te apresentará uma bacia nauseabunda e te dirá satisfeito... Ainda bem que tive o cuidado de não a deitar fora. Recorda, então, que aquela dejecção deverá merecer o teu interesse. Até a própria beleza da mulher, consolação do homem, se desvanecerá para ti. Vê-las-ás de manhã desgrenhadas, desencantadas, desprovidas das suas belas cores e esquecendo sobre os móveis parte dos seus atractivos. Deixarão de ser deusas para se converterem em pobres sofrendo de misérias sem graça. Sentirás por elas menos desejo que compaixão. Quantas vezes te assustarás ao veres um crocodilo adormecido no fundo da fonte dos prazeres! O teu ofício será para ti uma túnica de Neso. Na rua, nos banquetes, no teatro, mesmo na tua casa, os desconhecidos, os teus amigos, os teus parentes, falar-te-ão dos seus males para te pedirem um remédio. O mundo parecer-te-á um enorme hospital, uma assembléia de indivíduos que se queixam. A tua vida decorrerá na sombra da morte, entre a dor dos corpos e das almas, entre o cálculo e a hipocrisia, que se juntarão à cabeceira dos agonizantes. Ser-te-á difícil conservar uma visão consoladora do mundo. Descobrirás tanta fealdade por baixo das mais belas aparências, que há de demolir toda a confiança na vida e todo o gozo será envenenado. A raça humana é um Prometeu rasgado por abutres. Estarás só nas tuas tristezas, só nos teu estudos, só no meio do egoísmo humano. Nem sequer encontrarás apoio entre os médicos, que se guerreiam por interesse ou por orgulho. A consciência de aliviar males te consolará nas tuas fadigas, mas duvidarás se é acertado prolongar a vida de homens atacados por males incuráveis,crianças doentes que não têm nenhuma possibilidade de ser felizes e que transmitirão a sua vida triste a outros seres que serão ainda mais miseráveis. Quando, à custa de muito esforço, tiveres prolongado a existência de alguns velhos ou de crianças disformes, virá uma guerra que destruirá o mais são e mais robusto que existe na cidade. Encarregar-te-ão então de separar os débeis dos fortes, para salvar os débeis e enviar os fortes para a morte. Pensa bem nisto enquanto estás a tempo. Mas se, indiferente à fortuna, aos prazeres, à ingratidão, se, sabendo que te verás sozinho entre as feras humanas, tens uma alma bastante estóica para te satisfazeres com o dever cumprido, sem ilusões; se te julgas bem pago com a palavra de uma mãe, com um rosto que sorri porque já não sofre, com a paz de um moribundo a quem ocultas a chegada da morte; se desejas conhecer o homem, penetrar em toda a tragédia do seu destino, faz-te médico, meu filho".

Texto pré-hipocrático

E a versão de hoje...
Queres ser médico hoje? Aspiração esta de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência. Desejas que os homens te tenham como um deus, que alivia os seus males e afugenta deles o medo? Já pensaste bem no que há de ser a tua vida? Terás de renunciar à tua vida privada. Enquanto que todos os cidadãos quando terminam o seu dia de trabalho não são mais importunados, a tua porta ficará aberta a todos, a toda hora do dia e da noite virão perturbar o teu descanso, teus prazeres, ou a tua meditação. Já não terás horas para dedicar à tua família, à amizade ou ao estudo. Já não pertencerás a ti mesmo… Os pobres, habituados a padecer não te chamarão a não ser em caso de urgência. Mas os ricos te tratarão como um escravo, seja por terem uma indigestão, uma constipação, fazendo-o por isso despertar toda a pressa. Terás de mostrar interesse pelos pormenores mais vulgares da tua existência, decidir o que hão de comer, ou como hão de andar quando passeiam… Não poderás ir ao teatro nem estar doente… Eras severo na escolha dos teus amigos; procuravas homens de talentão, artistas e almas delicadas; à partir daqui não poderás evitar indivíduos aborrecidos, com pouca inteligência e desprezíveis. Prolongar vidas nefastas é o segredo da tua profissão. Tens fé no teu trabalho para conquistar tua reputação, julgar-te-ão não pela tua ciência, mas por casualidades do destino, pelo corte de tua capa, pela aparência da tua casa, pelo número dos teus criados. Sentes a paixão da verdade e já não a podes dizer. Terás de ocultar a alguns a gravidade do mal, a outros a insignificância. Terás que ocultar segredos que possuis, consentir em pareceres burlado, ignorado e cúmplice. Não contes com o agradecimento, quando o doente se cura, a cura é devida a sua robustez; se morre, foste tu que o mataste. Enquanto está em perigo, trata-te como um Deus, suplica-te, promete-te. Se está em convalescência, já o estorvas. Quando se trata de te pagar torna-se indiferente. Quanto mais egoístas são os homens, mais cuidados exigem. Não penses que esta profissão te torna rico: é sacerdócio. Todos os teus sentidos serão maltratados. Terás de mostrar o teu ouvido a peitos sujos e com suor, respirar maus cheiros, palpar tumores, curar chagas cheias de pus, contemplar urinas… Na rua, nos banquetes, no teatro, na cama, os desconhecidos, os teus amigos, te falarão das suas doenças e te pedirão um remédio. O mundo te parecerá um grande hospital, uma assembleia de indivíduos que se queixam. A tua vida decorrerá na sombra da morte, entre a dor dos corpos e das almas, dos duelos de hipocrisia, que calculas na cabeça dos agonizantes. Ser-te-á difícil conservar uma visão consoladora do mundo. Tu viverás só na tua tristeza, só nos teus estudos, só no meio do egoísmo humano. Não encontrarás apoio entre os médicos, que te farão uma surda guerra por interesse ou por orgulho. A consciência de aliviar males sustentar-te-á nas tuas fadigas, mas decidirás se é acertado manter vivos homens atacados de mal incurável, crianças com doenças que não têm possibilidade de serem felizes, ou aqueles que transmitirão a sua triste vida, tornando-os ainda mais miseráveis. Quando, à custa de muitos esforços, prolongaste a vida de velhos ou crianças disformes, virá uma guerra que destruirá os mais sãos e robustos. Então te encarregarão de separar os fortes dos fracos, salvando-se estes e enviando-se os fortes para a morte.Mas se fores indiferente à fortuna, aos prazeres, a ingratidão, se sabendo que te verás só entre feras humanas, se tens uma alma bastante estóica para se satisfazer com o dever cumprido e sem ilusões, se te julgares pago com a felicidade de uma mãe, com uns lábios que sorriem porque já não sofrem, com a paz de um moribundo a quem conseguiste ocultar a chegada da morte, se anseias conhecer o homem, penetrar-te em todo o trágico do seu destino, então faz-te médico, hoje mesmo.

Falta pouco para começar :')

sábado, julho 31, 2010

5 músicas para 5 blogues! :D

A minha querida Gabi desafiou-me para atribuir 5 músicas a 5 blogues o que, para mim, é uma tarefa tanto ou quanto díficil pois não sei se consigo achar 5 blogues assim do nada x) Bem, vamos lá tentar!

Comecemos pela Gabriela, para ela a escolha é mais que óbvia! :p
Heroes and Saints -Nicolaj Grandjean


E já de seguida, a minha cara homónima Inês Alves! Para ela reservei a música Anna Molly dos Incubus pelo facto de ser sempre a música que me vem à cabeça quando penso nela! :)


Agora segue-se a rainha do bling bling, a nha grossa, Rita! Para ela escolhi a seguinte música porque o hip hop sempre esteve presente no mp3 dela, bem como o Che Guevara :p :
Valete - Fim da ditadura


E para a Mariana não dizer que eu não me lembro dela, aqui vai a música para o blogue dela:
My Chemical Romance - I'm not okay


E agora falta o Rui, o último blogue de que me lembro. Para o blogue dele escolhi esta música:
Zé Carlos - Rústicos pelo Epicurismo

E consegui! Cumpri o desafio com informações detalhadas! :p
Sucesso! :D


quinta-feira, julho 29, 2010


Brenda: I wouldn't change anything. If you change one thing, that changes everything. And some things are the way they should be.

Há coisas que passam
E desejamos que não deixem de passar
Há coisas que são eternas
outras simplesmente efémeras.
O passado, esse já foi,
é agora uma lembrança distante
mas ainda há pontas soltas
que restam no presente,
tornam-no um inferno ardente
nas horas de maior solidão
e nos momentos de contemplação.
Há coisas que ficaram por dizer
há coisas que resisto em não dizer,
há pontos por esclarecer...
Se o que fui já não posso mudar
o que sou já não sei alterar
prefiro ser autêntica
e no futuro melhorar.
Sei que a culpa não foi minha,
sei que não quis magoar ninguém
mas não consigo viver bem com a ideia
de ser odiada por alguém.
Custa-me ter sacrificado tanto,
por tão pouco...
Troquei tudo o que tinha
por 5 escudos de atenção
e depois de tudo o que se passou
chego à conclusão
que talvez não tenha valido a pena
tanta dedicação
mas com todas as histórias,
com toda a desilusão
aprendi no meio de tudo
uma grande lição:
Há pessoas que não nos merecem
Por mais importantes que estas sejam para nós.
Às vezes o que mais amamos
não é o melhor para nós
e aí é preciso largar, não insistir mais
e não tentar mudar o presente
porque isso muda tudo, completamente...

Into the Wild


"Two years he walks the earth. No phone, no pool, no pets, no cigarettes. Ultimate freedom. An extremist. An aesthetic voyager whose home is the road. Escaped from Atlanta. Thou shalt not return, 'cause "the West is the best." And now after two rambling years comes the final and greatest adventure. The climactic battle to kill the false being within and victoriously conclude the spiritual pilgrimage. Ten days and nights of freight trains and hitchhiking bring him to the Great White North. No longer to be poisoned by civilization he flees, and walks alone upon the land to become lost in the wild."

- Alexander Supertramp May 1992

Um dia, talvez um dia embarque numa aventura como esta... Sozinha, no mundo selvagem...

sábado, julho 24, 2010

Férias/Holidays/Vacaciones/Vacances

Fui de férias...



...e a imaginação também x)

quarta-feira, julho 07, 2010

Porque às vezes não é fácil...

Porque às vezes não é fácil
achar a pessoa certa para nós
ou escolher o caminho correcto.
Cometemos erros,
muitas vezes a culpa é totalmente nossa,
outras, é das circunstâncias
e da escolha que tomamos,
é tudo muito rápido
e às vezes não é fácil...

A vida é um carro de corrida,
não para, não espera,
não olha para trás,
continua,
num movimento circular uniforme,
velocidade constante,
basta variar para sairmos da nossa órbita
e a inércia faz o resto:
somos expelidos,
cuspidos para uma outra trajectória.
Voltar é complicado,
é preciso um lançamento
para regressar ao normal
e às vezes não é fácil.

Às vezes precisamos de um pouco de física
e também de química,
precisamos de alguém,
às vezes temos que pedir ajuda
e às vezes não é fácil,
outras vezes não temos a quem pedir ajuda,
mas, às vezes, sozinhos,
somos capazes de coisas incríveis.

A vida anda,
continua na sua órbita,
ciclos e ciclos se passam,
vida, morte, vida, morte,
uma volta que se inicia,
acaba sempre por voltar ao inicio.

Eu? Eu gostava de dizer
que estou a meio da volta,
mas não sei em que ponto estou:
o meu ciclo pode acabar amanhã,
ou daqui a 100 anos,
nunca se sabe.

O que eu sei?
Sei que a morte
é apenas o final de uma volta,
o período da vida,
e também sei que a morte
significa o fim,
mas também o início de uma nova volta,
uma nova etapa,
e às vezes temos medo,
às vezes é difícil
viver assim,
num mundo tão perigoso,
mas a adrenalina disso...
Ah... não tem comparação,
prefiro morrer hoje,
mas ao menos que morra feliz comigo,
até lá,
às vezes é difícil imaginar a morte
quando ainda tenho tanto a fazer para ser feliz,
embora nunca o seja realmente.

Sim, às vezes não é fácil viver,
não é fácil resolver os problemas
para se ser feliz,
mas a vida é assim,
um ciclo, uma roda viva,
desconcertantemente confusa,
um turbilhão de emoções,
das quais somos o centro de massa,
o palco.

Do que estamos à espera?
O nosso tempo em cena não dura para sempre
e temos que aproveitar,
enquanto espectáculo durar.

Carpe diem, frattes. The show must go on...

sexta-feira, julho 02, 2010

Song of myself

Song of myself


A child said What is the grass? fetching it to me with full hands;

How could I answer the child? I do not know what it is any more
than he.


I guess it must be the flag of my disposition, out of hopeful green
stuff woven.


Or I guess it is the handkerchief of the Lord,
A scented gift and remembrancer designedly dropt,
Bearing the owner's name someway in the corners, that we may see
and remark, and say Whose?


Or I guess the grass is itself a child, the produced babe of the
vegetation.


Or I guess it is a uniform hieroglyphic,
And it means, Sprouting alike in broad zones and narrow zones,
Growing among black folks as among white,
Kanuck, Tuckahoe, Congressman, Cuff, I give them the same, I
receive them the same.


And now it seems to me the beautiful uncut hair of graves.


Tenderly will I use you curling grass,
It may be you transpire from the breasts of young men,
It may be if I had known them I would have loved them,
It may be you are from old people, or from offspring taken soon out
of their mothers' laps,
And here you are the mothers' laps.


This grass is very dark to be from the white heads of old mothers,
Darker than the colorless beards of old men,
Dark to come from under the faint red roofs of mouths.


Oh I perceive after all so many uttering tongues,
And I perceive they do not come from the roofs of mouths for
nothing.


I wish I could translate the hints about the dead young men and
women,
And the hints about old men and mothers, and the offspring taken
soon out of their laps.


What do you think has become of the young and old men?
And what do you think has become of the women and children?


They are alive and well somewhere,
The smallest sprout shows there is really no death,
And if ever there was it led forward life, and does not wait at the
end to arrest it,
And ceas'd the moment life appear'd.


All goes onward and outward, nothing collapses,
And to die is different from what any one supposed, and luckier.

-Walt Whitman

sábado, junho 12, 2010

Princesa por um dia...

Começou a tarde
Duche prolongado
Correria constante para ter tudo pronto a horas
Para não chegar atrasada.
Maquilhagem:
pós, brilho, rimel,
lápis e base,
tudo para esconder o detalhe imperfeito,
para gerar o mito
e reforçar os seus contornos.
Carro, 140 km/h,
para chegar ao cabeleireiro.
O vestido na mão,
os sapatos na outra:
Não tenho tempo,
Não há tempo,
o tempo já passou
e ainda aqui estou.
Nervos, muitos nervos,
O cabelo deu voltas e voltas,
Fixado por laca,
mais ganchos que pareciam não ter fim.
Finalmente,
o penteado pronto,
olho-me ao espelho e não me reconheço:
"Quem és tu,
bela criatura do espelho?"
Vestir,
tentar não estragar o mito,
a altivez da popa aos sapatos.
A lágrima no canto do olho,
da mãe que vê a sua criança crescer
e tornar-se mulher.
O espanto na cara da criança
que se olha ao espelho e percebe
que a criança, agora mulher,
parece a princesa que sempre quis ser,
por um dia.
Este é o dia.
O carro arranca e o destino é certo,
Ela pensa nas possíveis reacções,
mas depois cala-se o pensamento
e volta a voz dentro da cabeça que lhe diz:
"O que interessa é que tu gostas
e te sentes bem contigo mesma"
E ela sentia-se bem,
sentia que tinha erguido um escudo à sua volta
que impedia que os outros vissem as suas imperfeições,
as suas fraquezas e incorrecções,
tudo aquilo que ela deixava à mostra
no dia a dia,
mas este não era um dia desses...
Assim, chegou,
Abriu a porta do carro
e inspirou fundo,
estava mais alta,
num sentido que mais ninguém entenderia,
estava orgulhosa,
passou o rito,
alí estava ela,
deu os primeiros passos e as portas abriram-se,
seguidas pelas bocas de quem a via:
Não parecia ela,
mas era ela.
Os seus olhos espelhavam os seus sentimentos,
Os mesmos olhos que cativavam a sala inteira
e desprendiam elogios dos demais.
Foi uma revelação,
pode não ter sido rainha,
mas a tiara estava lá,
invisível aos olhos dos outros,
mas ela sentia-a,
sentia-se uma princesa
num conto de fadas e,
por um dia,
esqueceu a vida real,
esqueceu os ódios, as crises,
os medos e o pudor,
e brilhou,
com o brilho verde esperança
que irradiavam os seus olhos
cheios de alegria.

terça-feira, junho 08, 2010

The beggining in the end...

Quando pensamos que as coisas acabam, por vezes, outras começam. O final é como um fogo que reduz tudo aquilo que éramos, todo o nosso passado, a nossa rotina a cinzas. Reduzimo-nos à nossa insignificância, sofremos, choramos noites a fio, sonhamos com uma máquina do tempo que nos deixe emendar os erros ou ficar para sempre cristalizados naquele preciso momento. Pensamos não merecer tal coisa: "Estava tudo bem." - dizia eu. Mas talvez não estivesse, talvez eu estivesse demasiado cega com a falsa felicidade para me dar conta do que me estavam a fazer. Talvez sim... Suposições, meras suposições, nunca conseguimos ter o conhecimento absoluto das razões que levam ao fim, mas temos uma ideia bastante boa do que nos leva a sofrer por termos encerrado de forma abrupta (ou não) um capítulo da nossa vida. Porém, tal como nos livros, com o final de um capítulo vem o inicio de outro. Assim, temos que nos saber reerguer das cinzas , voltar a montar o puzzle que é a nossa rotina, deixando para trás tudo aquilo que nos fez arder o coração. Sim, é duro, mas temos bagagem limitada e a escolha é nossa: o passado doloroso e que não podemos alterar ou o futuro que ainda podemos escrever se começarmos agora. Eu escolhi, resgatei das cinzas apenas o necessário, aquelas memórias dos bons e maus momentos e deixei as pessoas que me faziam sofrer. Assim comecei um novo capítulo, conheci novas pessoas e o destino, que tantos desgostos me deu no passado, pôs no meu caminho a recompensa pelo esforço. Sim G. és tu :) Por um acaso viste este blog, leste e assim nos conhecemos, através do que escrevíamos e do que fomos desvendando uma à outra. Disse-te os meus defeitos primeiro, para que não ficasses surpreendida caso algum deles se manifestasse. Assim (citando-te) "Construímos uma casa e o mundo veio depois. A paz volta." E voltou. Começo a encontrar novamente o equilíbrio, a aprender com tudo o que sofri e a começar a criar defesas mais fortes contra quem me quer magoar. Vai ter que ser assim, vai ser assim. Eu escolhi e mudei, resta-te escolher. Vais fazer a escolha certa, vais ver ; )

High School is over...

I drag myself across the stairs:
God! I'm already missing everything!
This should be a happy day
but the sun isn't shining
and I'm not smiling
like the day before...
(I wished this wouldn't hurt more.)
Goodbyes are hard to say
Some more than others...
Am I the only one that feels like this?
I guess I am...or not!
Tears seem an easy escape for these feelings
but I don't want to use them:
They would only make things harder.
The smell, the sounds, the way things feel so familiar,
I'm going to miss them all.
The people, my classmates,
the sympathy of the janitors
and all my teachers,
all this that makes part of my life
and now, suddenly, is fadding away so quickly.
A new dawn awaits me
but letting go all the things I love
it's hard, painfull and,
at the same time, necessary...
I need to fly away,
Spread my horizons to new destinations
I need to be alone now,
I need to go, away, far away,
I need to cry,
To let every fear, nostalgy and sorrow come out
and then be ready to move on.
Tough, I will never forget any moment
laughs and tears
all the repreensions and lessons learned
in here, my school,
my first, only and best high school ever.

It's necessary to let go, but that doesn't mean we have to forget...

sábado, junho 05, 2010

Poema 1122 do amor distante

Rodric!Por onde andas tu Rodric?
Em que rua andas perdido
Em que cidade, esquecido,
E por onde vais?
E para onde queres ir?
Onde estás Rodric?
Quando vens tu
Acabar com a saudade que me delapida
pedra a pedra,
grão a grão,
e não me deixa ser inteiramente
não me deixa estar,
assim, livremente,
e rir, deixando o vento levar
cada gargalhada minha.
Estou à tua espera, Rodric,
não alimento uma ilusão,
mas sim várias,
a minha alma é nítida,
não como um girassol,
talvez como um livro aberto
que não ousas ler,
mas que eu leio para ti.
Rodric,
as palavras são tão fáceis
quando queremos dizer algo
e não podemos,
por isso escrevemos,
para que nas entrelinhas vejamos
o que consideramos ser a verdade.
Lê, bebe as silabas que te canto,
o doce néctar da veracidade,
já que nada mais posso fazer
para te provar a minha lealdade.

Forever mine, forever thine, forever ours...

quinta-feira, junho 03, 2010

Insomnia

3.29h AM
2010/06/03

A noite vai a meio. Corre uma brisa fresca que contrasta com o calor que restou da tarde, tão insuportável e cansativo. É um Verão adiantado mas as férias estão ainda longe de ser uma realidade presente.
As estrelas brilham e até a lua ganhou uma luz nesta noite mas hoje, para mim, nada me consegue fazer esquecer o que passei. Ontem(hoje), em especial, toda a injustiça, falsidade e hipocrisia foi derramada à frente os meus olhos, sem eu nada poder fazer.
Porquê esta inacção? Porque as pessoas não conseguem ter a coragem de jogar justamente e confrontar os outros! Não, as pessoas preferem jogar sujo e fazer tudo sem querer enfrentar os outros mas, infelizmente, este é o mundo que temos.
Olho para o céu e interrogo-me se as estrelas também são injustas umas para as outras... Será que a Lua tem inveja que o Sol brilhe sempre mais? Eu acho que não. Estes elementos conseguem viver em harmonia mas nós...nós parecemos ter o objectivo singular de nos destruirmos uns aos outros da melhor maneira possível e, em adição, o mundo que nos rodeia.
Este mundo não nos pertence apenas a nós mas somos egoístas e o egoísmo cega-nos, impede-nos de ver a realidade. Os que conseguem ver... esses são loucos!
Tal como a brisa, hoje os meus pensamentos parecem fluir suavemente, acariciando a folha de papel. No entanto, a mensagem que hoje escrevo é fervorosa como a tarde do dia de ontem.
Olho novamente para o céu, para as estrelas, para as árvores que ondeiam ao sabor do vento e, por um momento, não penso...respiro fundo...inspiro...expiro...fecho os olhos...volto a abri-los e vejo o mundo tal como ele é: feito de coisas simples mas perfeitas.
Olho para as estrelas outra vez e para a lua mas, desta vez, o seu brilho e beleza ofusca qualquer réstia dos problemas pois é assim que a vida deve ser: procurar contentamento em coisas simples.
Agora, olho e esqueço-me do que passou. Viro a página. O presente, a brisa: é tudo o que me interessa neste momento, enquanto escrevo no parapeito da minha janela.

terça-feira, junho 01, 2010

Há dias em que...

Há dias em que...

...me apetece dar um mergulho na piscina...

Cicatrizes

Por todo o meu corpo alastram
como raízes,
no entanto,
são apenas cicatrizes...

Lembram-me o que já passou,
lembram-me das vezes que caí,
dos perigos que enfrentei,
da dor que um dia sofri.

Cicatrizes,
olho para elas
e recordo-me dos erros que cometi,
mas também das vezes que tentei voar
e me cortaram as asas...

Caí, levantei e ri
olho e volto a olhar,
não esqueço,
não deixo que volte a acontecer.

"Já passou", penso eu,
sobrevivi
e para lembrar o que sofri,
o que lutei para voltar a andar,
para voltar a sonhar e a acreditar
a cicatriz basta.

domingo, maio 30, 2010

Fim de dia de Primavera

O laranja enche a paisagem,
ilumina tudo o que o rodeia:
as flores, o pasto, as árvores.
Tudo é luz neste fim de dia
e o vento passa e assobia.
Ouço-o quase cantar,
não sei se canta de tristeza
ou se de alegria.
O sol põe-se,
cheira a erva molhada,
daquela chuva que caiu ainda à pouco
parece que foi à séculos:
o sol já brilha
e as nuvens ficaram brancas.
Encosto-me a um sobreiro,
e deixo-me envolver pela paisagem,
misturo-me e sinto-me parte da natureza,
o berço de tudo,
e que nós não respeitamos o suficiente para ver
que, no fundo, se ela morrer,
nós também não podemos subsistir.

domingo, maio 23, 2010

18 anos

Hoje, por volta das 6 horas da tarde, terei oficialmente 18 anos. Os 18 anos ou "os anos da potência" como lhes chama um amigo meu, assinalam a chegada à maioridade o que, diga-se de passagem, não é sinónimo de independência mas sim de responsabilidades acrescidas. Podemos ir presos, podemos votar, podemos comprar tabaco legalmente, podemos fazer muitas coisas, mas o mais importante é que agora temos que começar a agir mais como adultos e menos como crianças.

É de realçar que muitas pessoas, quando fazem 18, dizem que não se sentem em nada diferentes mas, como sempre, cá estou eu para contrariar a tendência. Eu sinto-me diferente, mas não me sinto assim só hoje, já estou a mudar desde o início deste ano. O meu aniversário é apenas a oficialização de todo o processo de aprendizagem que ficou para trás. Dizem que se aprende a bem ou a mal, mas eu discordo, normalmente, nestes aspectos, só conseguimos aprender a mal...

Cometi erros que me fizeram crescer, erros que me fizeram sofrer, chorar, berrar até ao êxtase dos meus pulmões, loucuras que nunca sonhei cometer, perdi amizades, ganhei outras, aprendi a ver a vida com outros olhos, como um processo de perda e ganha e, sobretudo, de escolhas. Fiz escolhas que me custaram muito, nem sempre foram as mais correctas, mas errar é humano.

À medida que os problemas iam aparecendo, tentei nunca desistir, tentei começar a enfrentá-los de cabeça erguida, não me rebaixar, defendendo a minha posição. Aceitei as consequências dos meus erros.

A vida é sempre um jogo de tentativa/erro, nunca sabemos onde nos levam as portas que escolhemos, mas não podemos deixar que ninguém escolha por nós, não podemos deixar que nos manipulem, embora possamos aceitar opiniões para melhor escolher. Tudo isto faz parte, tudo isto é viver, errar, tentar, ganhar, mas para isso não podemos desistir dos nossos objectivos e, antes de mais, devemos defini-los bem.

À criança que habita dentro de mim, junta-se agora uma adulta que ainda vai precisar de algum tempo para se definir e tomar o lugar da adolescente que sou. É oficial: tenho 18 anos, mudei, aprendi e continuarei a aprender porque a vida não tem sentido sem isso.

quarta-feira, maio 19, 2010

Dear diary

Dear diary,
time swings by,
the seasons are changing,
and so am I:
I'm not the child I used to be.
The child is buried deeply on me...

I've confessed you my sincere emotions,
my secrets, my lies, my faults,
and, altough I forgot to write,
that doens't mean that I don't like,
but the child,
the child I was is still inside me,
covered by fear and doubt:
She refuses to go out,
she's afraid of the dark.

How can't I blame her?
In a world like this,
people destroy their child,
forget what it's like to dream,
to seek for a way to change things
and built a world with these tools.

People, they don't understand,
the child it's what makes them into a man,
or a woman,
the dreams, the surreal ideas,
these are what makes us unique,
and not another robot.

My child is alive,
Hidden, but alive,
She's trying to lose the fear,
And come into the light.

Only then, my friend,
will I be happy:
When my child comes out from under the bed
to dream, to put her voice out on the street,
to fight and create some light
to iluminate the world.

I don't care how little it will shine,
as long as someone sees it,
for me, that's just fine.

The Apple

We all know philosophies
Like Stoicism and Epicureanism
They all say “carpe diem”
Seize the moment…
While you can!
Live life to the fullest
Do what you dream for,
Become what you hope to be,
Good or bad,
That’s up to you,
But it doesn’t matter,
As long as you live it,
As long as you enjoy the ride.
Today, life is a lie,
Materialism has rotten our society
And tough everything seems “oh” so well
Inside the apple is eaten.
“Greedy men did it!” – you may say,
But we let it happen,
We didn’t fought back,
We didn’t change things,
We just stood there and let them eat it all,
Philosophies with centuries old warned us
But we didn’t listen.
We lived our lives as robots,
Not caring about the consequences.
We were greedy too:
We wanted to live happy,
But happiness is a funny word…
Are we truly happy?
Are we ever satisfied?
No, no, no,
A human being is never truly happy,
At least, not in this world,
Not even if he is as rich as he can be.
He’ll always want more,
He’ll always be voracious,
And won’t share his apple with the rest.
Maybe if we started to live simply,
Being honest, pure, enjoying life,
Maybe then we would be happy,
Putting our hearts at the street
And changing things as they are,
Right now, today, right away,
We have no time to waste
The clock is ticking
And tomorrow can be too late.

Obrigada

Hoje fui feliz. Não fui feliz o dia todo, mas fui-o e isso é que me interessa. Fui feliz porque fiz um teste e tive confiança em mim, logo, consegui resolvê-lo com calma, atenção e dentro do tempo. Fui feliz porque tirei o dia de folga e passei-o com uma melhor amiga espectacular, fantástica, incrível, para a qual não existem palavras suficientes para a descrever. Em suma, uma tarde bem passada, sem falar de escola, apenas trivialidades, piadas, risadas!

Como em todos os dias, há 99,9% das vezes momentos maus. Hoje explodi. Odeio que se metam na minha vida, que me tratem como se eu não soubesse o que devo ou não fazer, como se eu tivesse 14 anos em vez de 17. Odeio que me tentem fazer mudar de ideias quando já me decidi. E basicamente foi este acumular de coisas que me fez ter um mau bocado, isto numa questão de 30 minutos.

Mas hoje, algo me fez voltar a sorrir, voltar a acreditar que vale a pena sorrir, nem que seja apenas uma vez num dia. E o que me fez sorrir foi isto:

1 Critica construtiva a "Só e Zinha": Anónimo disse...

Não é a tua sina. Confia em mim, não é. Olho ao meu redor e vejo um relativo número de pessoas que me acompanham, porém, nem sei bem porquê, naqueles momentos menos saborosos enfrento a solidão. Eu sempre fui assim - íntima de mim mesma. Mas ontem, ontem não, ontem precisei de alguém, assim como tu descreves neste texto. E o mundo fechou-se, não havia ninguém. Confesso que tenho reparado em ti. Um pouco mais depois deste texto. Não por compaixão, mas por união, por saber o que é, sei lá. Vejo-te acompanhada, vejo-te sorridente. Mas também te vejo sozinha, e vejo-te de dentes cerrados. Entrega-te à vida, permite-te ser feliz. E lembra-te, (acho que estás no 12ºano) mais umas semanas e estás fora daqui. Quem sabe, a merecida libertação. Estou a torcer por ti.

Apesar de não saber quem és, Anónima(o), agradeço muito, mesmo muito, por este comentário. É por esta razão que gosto de escrever, a escrita une as pessoas, elucida as nossas qualidades e valores como pessoas e por isso faz-nos pensar um pouco, faz com que nos consigamos identificar com algumas coisas que são escritas.
A todas as pessoas que me fazem sorrir e dão vida à minha vida, um muito obrigada. :')

domingo, abril 18, 2010

Só e Zinha

Só. É esta a única palavra que descreve o meu estado actual. Estou só...zinha. Sei o porquê e no entanto pergunto na mesma: Porquê? Mais uma pergunta sem resposta, mais uma coisa que nunca virei a saber por mais anos que viva. Estou só e não estou. Mas mesmo não estando só, é difícil perceber porque é que continuo a sentir-me assim. Aliás, não é assim tão difícil. Estou só porque não há ninguém que me compreenda totalmente ou que esteja sempre comigo. Não culpo ninguém, mas o raciocínio das almas gémeas está sempre presente. Bucha e Estica, Bonnie and Clyde, Blair and Serena, até ao mais remoto Piu Piu e Gastão. E eu? Eu sou apenas uma mera Jane Doe, ou melhor, nem sequer Jan Doe chego a ser visto que mesmo ela tem o seu John Doe. Eu não sou para ninguém, pensava que sim, mas não. É verdade que prefiro estar só do que ser uma mera serva de alguém mas eu também tenho os meus defeitos e são esses que me enterraram neste caixão. Continuo à procura daquela ou daquele melhor amigo, do que me põe em primeiro lugar e que nunca me deixa estar sozinha, aquele que faz um esforço por nós. Não sei se é a distância ou se sou eu, ou se são os 2 mas o facto é que não encontro ninguém. Talvez por isso dê atenção a todas as pessoas de maneira igual e talvez não devesse dar, possivelmente já teria um(a) melhor amigo(a) mas isso não interessa. Talvez seja carma, talvez seja o meu destino estar sozinha para o resto da minha vida mas ao menos deixem-me partir, deixem-me correr o mundo e viver aventuras pois prefiro estar só do que mal acompanhada e prefiro morrer sozinha mas feliz do que sozinha e presa nestas masmorras que eu própria criei. Um dia quero partir, ir por esse mundo fora ajudar os outros, quero ir sozinha já que ninguém acredita que o consigo fazer mas fá-lo-ei. Esta é a minha filosofia, se uns dizem sim, eu digo não, se dizem que não consigo, eu tento conseguir ou falho a tentar, mas tento. Talvez por isso esteja só, por ninguém compreender realmente o que vai dentro da minha cabeça. Não os censuro, às vezes nem eu percebo muito bem, mas começo a compreender-me melhor. Pensar é dor, mas eu devo ser masoquista por continuar a fazê-lo e, de facto, devo mesmo sê-lo e secalhar não conseguem perceber o porquê e sou mais uma vez uma estranha. Sempre o fui. Não sinto que pertenço, não me sinto bem em nenhum dos dois lugares que me servem de referência no momento mas também não consigo sentir. Não pertenço à terra onde vivo, o meu coração despegou-se dela a partir do momento em que tomei consciência. Também não pertenço à terra onde estudo pois lá não tenho um lar, não tenho família, não tenho raízes e prefiro que seja assim. Estou condenada a uma vida de estrangeirada, não sou de local algum, estou sempre de passagem, sempre de um lado para o outro com a mala atrás. Ainda estou à espera do meu lar, daquela terra onde sinto que, sim senhora, aqui vale a pena dizer: eu sou daqui. Estou à espera que me acolham mas também estou à espera que me deixem acolher. Continuo à espera mas também à procura porque as coisas não vêem até nós facilmente, é preciso também procurá-las. Talvez um dia se cruze no meu caminho aquela pessoa que nunca me vai deixar só nas horas de almoço, aquela pessoa que me acompanha para todo o lado, que me vai buscar à sala de aula, que partilha comigo tudo e me ouve, uma pessoa que se zanga comigo quando preciso mas que também sabe perdoar, alguém que tenha defeitos mas que seja honesto, alguém que pode descarregar em mim e em quem eu posso descarregar sabendo que, no momento seguinte, já estaremos a rir e a combinar ir ver um filme ou estudar juntos. Alguém que a distância e o tempo não afastem, alguém que queira vir passar um fim de semana comigo e com quem eu passe o fim de semana. Mas esse alguém, onde está? É esta a minha sina, é isto que me faz sentir só por mais amigos que tenha. Talvez um dia, talvez...

sexta-feira, abril 16, 2010

A Amizade

Vosso amigo é
a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeais com carinho
e ceifais com agradecimento.

É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome
e o procurais em busca de paz.

Quando vosso amigo expressa o pensamento,
não temais o "não" de vossa própria opinião,
nem prendais o "sim".
E quando ele se cala, que vosso coração
continue a ouvir o coração dele,


Porque na amizade, todos os desejos,
ideais, esperanças, nascem e são partilhados
sem palavras, numa alegria silenciosa.

Quando vos separais de vosso amigo,
não vos aflijais.
Pois o que amais nele
pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha
aparece mais clara, vista da planície.

E que não haja outro objectivo na amizade
mas somente o amadurecimento de espírito.
Pois o amor que procura outra coisa,
que não a revelação de seu próprio mistério,
não é amor, mas uma rede armada,
e somente o imprestável é nela apanhado.

E que o melhor que há em vós próprios
seja para o vosso amigo.
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré,
que conheça também o seu refluxo.
Pois, quem julgais que é o vosso amigo,
se o procurais apenas para passar o tempo?

Buscai-o sempre, com horas para viver:
O papel do amigo é encher vossa necessidade,
e não o vosso vazio.
E na doçura da amizade,
que haja risos e o partilhar dos prazeres.

Pois no orvalho de pequenas coisas,
o coração encontra a sua manhã
e se sente refrescado.

Khalil Gibran

quinta-feira, abril 08, 2010

além da janela...

Eu olho para fora da janela e contemplo aquela paisagem que já contemplei milhares de vezes e no entanto, paro, respiro, sinto, deixo-me levar pela calma e serenidade do momento e encontro-me, encontro o meu "eu" real, aquela parte de mim que se esconde com medo do mundo e que ao olhar para todo o meio envolvente vem ao de cima. Da minha janela consigo ver, para fora e para dentro. E gosto disso. É um espelho do céu e da alma. É o meu refúgio, um sitio que é meu, só meu até que o decida partilhar com alguém. Acima de tudo, olho para a paisagem e no fundo sinto-me...bem.

segunda-feira, abril 05, 2010

Surpresas

Adoro surpresas. Não sei explicar muito bem porquê mas vou tentar. Temos uma rotina, por muito que tentemos negar, todos temos uma rotina, por mais estranha que seja, por mais parva que este seja, é sempre uma rotina, é a nossa maneira de viver. É um hábito humano, é da nossa natureza criar rotinas, viver a rotina, mantê-la, modificá-la, por vezes.
Esta rotina pode tornar-se um problema para nós, pode mesmo tornar-se a causa da nossa infelicidade, da nossa apatia face à vida em geral. Contudo, há sempre aqueles momentos em que acontece algo inesperado, algo que quebra as redes dessa rotina que nos envolve e isso é uma surpresa. É um momento em que nos emociona-mos, em que podemos rir ou chorar, mas sentimos algo, sentimos o coração bater mais rapidamente como uma locomotiva que foi propulsionada e que apita dentro de nós. Nesse momento esquecemos a rotina, nesse momento a rotina não existe, apenas existe o nosso ar de surpresa, o nosso riso e o deles, as lágrimas nos nossos olhos e nos olhos daqueles que nos proporcionaram a surpresa. É como se o comboio que é a nossa vida descarrila-se para seguir um outro sentido mais emocionante, mais feliz ou mais triste, mas isso cabe ao destino escolher. All in all, adoro boas surpresas, adorei a que me reservaram à chegada a casa. That's what friends are for! :D

domingo, abril 04, 2010

Pensavida

A vida corre. Mal nos distraímos já passaram segundos, minutos, horas, anos... É tudo tão momentâneo que nem nos apercebemos que o tempo passa e a vida não fica, foge-nos entre os dedos como se fosse areia, não voltamos a viver o mesmo momento 2 vezes, não vemos exactamente o mesmo por mais vezes que olhamos: aquilo que passa, não volta, não se repete. Além disso é tudo efémero... Tenho 17 anos e sinto que vivi tão pouco, que ainda falta tanto e que o futuro está tão longe... às vezes apetece parar, avançar ou recuar mas não há máquina do tempo que nos permita isso, daí que temos que viver no momento, aproveitá-lo ao máximo, não planear demasiado tudo pois as coincidências( que por vezes não o parecem ser) acontecem e não são poucas... Não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, essa é uma lição importante pois nunca se sabe as voltas que a vida dá e no futuro nunca temos garantias de que seremos os mesmos ou sentiremos o mesmo.
Kudos folks...

sexta-feira, março 26, 2010

Lloret de Mar

Caros seguidores assíduos do meu blog, tenho a informar que estarei fora 10 dias para a minha viagem de finalistas. Claro que pouco o nada vos interessa mas é só para não estranharem a fraca postagem. Adeus e boas férias !

quarta-feira, março 17, 2010

Voar (um diálogo entre pai e filha)

-Pai, tenho medo de voar...
-Filha, abre as asas e sente o vento passar... Estás a sentir?
-Sim pai, é tão tentador, tão intenso e ao mesmo tempo tão forte...é capaz de me arrastar. Não quero cair, pai.
-Filha, se caíres, voltas a tentar, há sempre outras oportunidades para voar.
-Mas pai, o vento vai-me fazer cair...
-Tens que ser forte, filha, mais forte que o vento. Se fores forte, se caíres e voltares a levantar vais ver, o vento não te volta a derrubar.
-E se eu me magoar, pai? E se eu não for forte? E se...
-...Filha, o futuro depende de ti, querer é poder e se tiveres fé em ti, tens tudo para voar.
-Pai, tenho medo de não conseguir voar, tenho medo de te desapontar...
-Não temas nada, não tens que ter medo, é o medo que te faz falhar. Não me desapontas. Filha, confia em ti...
-Não sei se consigo confiar. Se as asas falharem, pai, quem me vai amparar?
-Filha, as asas foram feitas para voar, só falham se não conseguires acreditar.
-Acreditar no quê, pai?
-Em ti, filha, nas tuas asas, na tua vontade de voar. Treinaste tanto para aqui chegar, estás tão perto da beira do ninho, este é só mais um desafio dos muitos que tiveste que enfrentar. A vida está cheia deles, o vento é forte, há brisas traiçoeiras e algumas quedas pelo caminho. Se não conseguires agora, tens a vida inteira para voltar a tentar, não podes é desistir. Mas nem quero que penses nisso, porque sei que consegues, confio em ti.
-Pai, se eu conseguir voar, posso voltar?
-Sempre que quiseres, filha,por mais longe que estejas, este será se este será sempre o teu lar.
...

Solidão...

Solidão
é um monstro que nos devora;
é como uma amora,
tão negra por dentro,
como por fora.

É, por vezes, um fruto tentador
desprezado por alguns
depende da dose e do humor.

Solidão,
Quanto mais nos deixamos levar
mais ela nos envolve
e nos começa a consumir
ora começa cá dentro,
ora começa cá fora,
depende do dia,
do momento
e da hora.

O coração fica enrugado
e a face chora...
Não é doce, esta amora,
este monstro que nos adora:
Somos presas tão fáceis a toda a hora...

Solidão,
é uma condição tão banal,
torna-se quase normal.

segunda-feira, março 08, 2010

Dia mau!


Raiva e frustração. É tudo aquilo que me ocorre dizer no dia de hoje. Quanto àquilo que me apetece fazer, bem, isso já é diferente...
Naquele momento apetecia-me rasgar a folha da ficha...
Agora apetece-me partir coisas,
apetece-me rasgar um bom livro,
apetece-me andar a correr à chuva e gritar,
ou então dar cabo do meu quarto!
Tenho vontade de saltar na cama até ser catapultada para o tecto, bater com a cabeça na parede, dar pontapés na mesa de cabeceira...
No entanto, não vou fazer nada disso porque nada modifica aquilo que está feito. Por vezes apetecia-me poder descobrir uma maneira de fazer o tempo voltar para trás. Quando era pequena pensava que mudar as horas do relógio era o suficiente, mas infelizmente isso nunca deu resultado. Quem me dera que desse... Era bom podermos ir ao passado e alterar algumas das coisas que fizemos mal, aqueles erros estúpidos que acabaram com amizades, aquelas traquinices que nos fizeram ficar com a marca de uma mão no rabo e mesmo a forma como encarámos os estudos nesses tempos.
Porém, pensando bem, se metade destas coisas não tivessem acontecido, nós não seriamos quem somos no presente, não teríamos aprendido com esses erros, nem avaliado o verdadeiro carácter de algumas amizades e é certo que não teríamos disfrutado tanto dos tempos de escola como fizemos. (Eu não posso falar por experiência própria deste aspecto, mas normalmente toda a gente se arrepende de não ter prestado muita atenção à escola.)
No entanto, hoje não consigo ver o lado positivo, não consigo pensar que mais tarde isto será uma gota num oceano, que olharei para trás e rir-me-ei de tudo isto. Hoje não me rio. Só penso, só grito em silêncio, expresso a minha revolta e frustração por me ter esforçado para nada.
Foi tempo perdido...talvez, nem sei bem. Agora sei que foi, mais tarde poderá já ser apenas mais um tempo indefinido.
Quem sabe?

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Mardi Gras


Mardi Gras,
a time to pretend,
a time to have fun
being another,
impersonating another.
I don't feel like impersonating,
I don't want to pretend,
No mask can hide what I am,
What I feel...
I don't need a mask
to be a monster,
I don't need a mask
to pretend that I'm sad;
I already am sad,
Lethargy strikes me everyday,
Not every hour,
Not every minute,
But it strikes,
and when it does
it hurts like hell.
My soul is broken,
there are pieces missing,
and I can't pretend to be complete,
'cause I'm not.
I try to put a happy face
so that nobody knows what's going on inside,
what's going on behind the mask.
I know that sometimes
it looks like I'm pretending,
like some kind of daily Mardi Gras,
but I'm not,
It looks fake,
because it's uncommon,
but my only mask
is the one I have to wear right now,
a mask of happyness,
to cover up my face
marked by sadness,
lethargy, pain,
incompleteness of the being.
To me,
Mardi Gras is just another day
wearing the mask,
only this time
everyone is wearing one too
but, if we think strait,
isn't that what everyone does?


sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Jarra Vazia


A jarra está vazia,
faltam as flores,
falta a água...
Para onde foram?
Porque está a jarra vazia?
O cheiro a jasmim,
cravos do mais vivo carmim,
rosas brancas do jardim,
nada enche a jarra,
nada encaixa naquele vazio...
São flores selvagens que procuro,
mas o prado secou
e para trás apenas ficou
a lembrança daquela cor deliciosa,
que aquecia o coração
só pela visão.
Agora a jarra está na mesma,
o prado ainda está seco,
as flores murcharam:
as papoilas, as margaridas,
a roseira brava junto ao rio.
Não são os gerânios,
Nem sequer as violetas,
que irão preencher aquele vazio,
só aquela papoila cor de sangue,
aquela brancura do mal-me-quer
a irão preencher.
Assim, espero,
ansiosamente pela hora
de ver aquele prado voltar ao habitual,
aquele aglomerado de cores melodiosas,
todas desencontradas mas ritmadas.
Entretanto, a jarra está vazia,
até quando o estará?
Até quando esperará?
O prado ainda não floresceu,
mas restou ainda uma esperança
de que um dia
este volte a ser meu...

Dias...

Há dias sim,
Há dias não,
Há dias em que perdemos a razão...
Há dias em que sonhamos,
dias em que estamos com a cabeça na Lua,
dias em que, simplesmente, desligamos...
Há dias em que adormecemos,
e dias em que dormimos acordados
Há dias gelados,
Há dias quentes,
Há dias que passam a correr
e outros que não passam,
Há dias que queremos apagar
e dias que queremos relembrar...
Há dias para relaxar
e dias em que não deixamos de nos preocupar...
Há dias que já passaram
e dias que ainda estão para vir,
Há dias para rir,
Há dias em que não paramos de chorar...
Há dias em que somos nós
e dias em que não nos reconhecemos,
há dias em que conhecemos,
e dias em que esquecemos.
Há dias em que chegamos ao final
e damos por nós a pensar:
"Foi um bom dia!"
Outros em que pensamos:
"Que dia de cão..."
Há dias em que o tempo para,
e deixa-nos apreciar
aquele momento especial
que muda para sempre o nosso dia:
Podemos não ter sido felizes o tempo todo,
mas, naquele momento, fomos
e isso chega para transformar um dia,
esse momento de esperança e de alegria
que nos preenche e faz-nos esquecer
aquele dia mau, aquele dia não,
dias de escuridão.
Por vezes, um sorriso basta
Ou uma pessoa que nos abraça,
o que conta é a intenção,
Isso chega para aquecer o coração.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Abismo


“Os nossos inimigos forçaram-nos até à beira do abismo; é mais digno precipitarmo-nos por nós próprios, do que esperar que eles nos empurrem.”

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Vazio

Vazio,
Dor,
A dor de ter de errar...
Outra e outra vez...
Porquê?
Ora penso,
Ora deixo de pensar,
as coisas têm que ser como eu quero,
mas isso tem que acabar,
Só que por mais que eu tenha errado
Não consegui mudar.
Porquê?
Procuro agora ajuda,
para me conseguir desvendar,
não me conheço a mim própria,
nem sequer estou a tentar.
Porquê?
Deixo seguir o vento,
fico no mesmo lugar,
mas é hora de partir
não sei se consigo andar.
Quando é a Hora?
Será que posso confiar,
Preciso de ajuda e vou procurar
Até ao fim do mundo se precisar.
O quê?
A alma dói,
mas fui eu que dei a facada...
Porquê?
A mente está incapacitada...
Quando?
A faca não saiu,
a alma está sofrida,
aberta está esta ferida.
Até quando?
Até que altura?
Pedir desculpa não basta,
não basta para recuperar,
aquilo que ficou perdido,
no meio desta corrente do errar.

sábado, janeiro 23, 2010

Sombra

Eu sou, tu és?
Serei? Serás?
Seremos nós ou não?
Somos nós próprios?
Serei eu capaz de ser "eu" ?

A minha sombra não é sombra,
é mais uma obscuridade,
a parte que não me atrevo a enfrentar,
não me arrisco a pisar.

É mais forte que eu,
já faz parte de mim,
é um buraco negro de memórias
e emoções, um tornado existencial.

Penso quando não devo pensar,
devo sim, arriscar, dar o braço a torcer,
vencer a sombra, pisá-la para que se submeta,
e não o contrário.

Por agora vivo na sombra,
mas não será já hora de voltar à luz?

The ghost

Finalmente, o post 200.

The ghost is near
I can hear him speaking
and the sound keeps getting louder
and louder, and louder.

He haunts me,
haunts from the dephts of my past:
my own personal shadow.

The persue continues
until I'm strong enought to fight it
and to believe in me,
until there I'll never be free.

You can try to insist
but it's hard to resist telling others
this story, the ghost,
the shadow that's part of you.

Wake up, this shadow isn't you,
fight it, you're stronger than you think,
you're strong enought to ask for help,
The ghost is near, the ghost is here,
are you ready ti face it
or let it embrace you?