quinta-feira, junho 03, 2010

Insomnia

3.29h AM
2010/06/03

A noite vai a meio. Corre uma brisa fresca que contrasta com o calor que restou da tarde, tão insuportável e cansativo. É um Verão adiantado mas as férias estão ainda longe de ser uma realidade presente.
As estrelas brilham e até a lua ganhou uma luz nesta noite mas hoje, para mim, nada me consegue fazer esquecer o que passei. Ontem(hoje), em especial, toda a injustiça, falsidade e hipocrisia foi derramada à frente os meus olhos, sem eu nada poder fazer.
Porquê esta inacção? Porque as pessoas não conseguem ter a coragem de jogar justamente e confrontar os outros! Não, as pessoas preferem jogar sujo e fazer tudo sem querer enfrentar os outros mas, infelizmente, este é o mundo que temos.
Olho para o céu e interrogo-me se as estrelas também são injustas umas para as outras... Será que a Lua tem inveja que o Sol brilhe sempre mais? Eu acho que não. Estes elementos conseguem viver em harmonia mas nós...nós parecemos ter o objectivo singular de nos destruirmos uns aos outros da melhor maneira possível e, em adição, o mundo que nos rodeia.
Este mundo não nos pertence apenas a nós mas somos egoístas e o egoísmo cega-nos, impede-nos de ver a realidade. Os que conseguem ver... esses são loucos!
Tal como a brisa, hoje os meus pensamentos parecem fluir suavemente, acariciando a folha de papel. No entanto, a mensagem que hoje escrevo é fervorosa como a tarde do dia de ontem.
Olho novamente para o céu, para as estrelas, para as árvores que ondeiam ao sabor do vento e, por um momento, não penso...respiro fundo...inspiro...expiro...fecho os olhos...volto a abri-los e vejo o mundo tal como ele é: feito de coisas simples mas perfeitas.
Olho para as estrelas outra vez e para a lua mas, desta vez, o seu brilho e beleza ofusca qualquer réstia dos problemas pois é assim que a vida deve ser: procurar contentamento em coisas simples.
Agora, olho e esqueço-me do que passou. Viro a página. O presente, a brisa: é tudo o que me interessa neste momento, enquanto escrevo no parapeito da minha janela.

1 criticas construtivas:

Anónimo disse...

Não é assim mesmo que temos de (re)agir sobre os problemas? A tempestade sempre vem. De nada vale prender-nos na expectativa de sairmos ilesos a essa vida. Mas é a noite, a mais pura noite, com a sua lua, as suas estrelas, o seu céu, que nos leva num pensamento calmo sobre tudo. Aprendemos que o hoje já vai longe e que o amanhã será melhor - basta-nos ser fiel a isso, acreditar, não é?
Orgulhar, por fim, da nossa veia corajosa que nos fortalece. Perdoamos quem quis agir mal. Para a próxima, quem sabe, estamos mais atentos.
És a maior, miúda! G*