A jarra está vazia,
faltam as flores,
falta a água...
Para onde foram?
Porque está a jarra vazia?
O cheiro a jasmim,
cravos do mais vivo carmim,
rosas brancas do jardim,
nada enche a jarra,
nada encaixa naquele vazio...
São flores selvagens que procuro,
mas o prado secou
e para trás apenas ficou
a lembrança daquela cor deliciosa,
que aquecia o coração
só pela visão.
Agora a jarra está na mesma,
o prado ainda está seco,
as flores murcharam:
as papoilas, as margaridas,
a roseira brava junto ao rio.
Não são os gerânios,
Nem sequer as violetas,
que irão preencher aquele vazio,
só aquela papoila cor de sangue,
aquela brancura do mal-me-quer
a irão preencher.
Assim, espero,
ansiosamente pela hora
de ver aquele prado voltar ao habitual,
aquele aglomerado de cores melodiosas,
todas desencontradas mas ritmadas.
Entretanto, a jarra está vazia,
até quando o estará?
Até quando esperará?
O prado ainda não floresceu,
mas restou ainda uma esperança
de que um dia
este volte a ser meu...
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