segunda-feira, junho 02, 2008

Reflexões...
Este mundo, o meu mundo, já não é aquele mundo que conheci. No meu mundo não havia amigos falsos, não havia guerras, injustiças, desigualdades. Tenho vindo a despertar para uma realidade que não quero ver, uma realidade que não quero conhecer mas que tenho de o fazer, ou serei sempre uma criança. 
Há dias em que não quero acordar, dias em que me apetece ficar a viver nos meus sonhos, dias em que me apetece navegar na minha imaginação, viver no meu pensamento, mas a realidade abana-me e faz-me acordar para uma nova jornada. 
Não quero acreditar no que vejo, sinto ou pressinto. Será possível? Tanto ódio, falsidade, vingança, morte à minha volta? Será possível acreditar que podemos sobreviver num mundo destes, com pessoas destas? Será possível dar um passo em frente sem ter pessoas a colocarem-nos barreiras para não avançarmos, para cairmos e sermos para sempre esquecidos?
Quero avançar, quero correr em direcção ao meu futuro, mas a cada passo que dou são me colocados obstáculos cada vez mais difíceis, por pessoas que me querem ver triste, por pessoas invejosas, traidoras, falsas, cujo objectivo é fazer a vida negra aos outros. 
Sinto-me no meio de uma guerra fria, no meio de uma sociedade de cobiça, em que os bem sucedidos são aqueles que menos trabalham e mais mal fazem. Uma sociedade que não trabalha como um grupo, uma sociedade em que aqueles que mais se esforçam são os mais prejudicados e injustiçados.
Já não respiro o mesmo ar que antes. Talvez nunca tenha respirado, mas só agora tomo plena consciência do que se passa realmente à minha volta.
Poderei eu, uma jovem de 16 anos, fazer algo para alterar este mundo? Poderei eu fazer a diferença ou ser uma pessoa normal, que atropela os outros para ter sucesso? A resposta é difícil. Ainda não posso fazer nada para alterar o mundo, mas num amanhã(que já está próximo) talvez. A única coisa que posso prometer é lutar por isso. Quanto à segunda interrogação, penso que essa é fácil. Não me educaram de modo a que fosse falsa, de modo a que sobrevivesse e tivesse sucesso a todo o custo. Educaram-me a ser honesta, leal e colaboradora para com o próximo e sobretudo a lutar pelos meus sonhos. É isso que vou fazer e sempre farei. Se cheguei onde estou foi à custa de muito suor e dedicação. O meu lema é: Ter objectivos e lutar por eles. 
Podem tentar deter-me, eu não vou parar. Podem tentar deitar-me abaixo, mas eu vou tentar resistir. Tenho forças para lutar e um corpo onde reside a minha alma, a minha essência. Basta-me isso e o apoio das pessoas que mais amo para tudo e todos enfrentar. 
Não me vingarei, mas todos aqueles que se puseram no meu caminho um dia perceberão que esta míuda não acordou para este mundo para ser mais um ser humano.

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