Esta ideia de homenagear o mar surgiu porque um amigo meu, o João Nuno, numa conversa, me disse uma frase que é traduz o quão bem o mar faz a mim e aos outros e que foi qualquer coisa deste género: O mar acalma a mente. Daí surgiu esta minha ideia de o homenagear.
Homenagem ao mar....
É contigo que acordo e contigo adormeço. Acalmas a minha mente, o meu espírito revolucionário, inquieto, desenfreado, radical.
Tens uma voz que me chama para ti, que me pede para nos unirmos, para formarmos um só ser, uma só alma.
És tão belo, és tão vivo, incendeias almas, sem ninguém compreender o porquê.
Sabes que matas, que tiras sem dar, que fazes sofrer e chorar, redemoinhas sem parar, mas no fundo a culpa não é tua, no fundo és como eu, uma criança alegre, malandra, que vai e volta sem parar de correr, uma criança ainda com muito para aprender.
Ouço a tua voz à distância, por ti e contigo sofro, talvez por não te ver, talvez por te amar ou por gostar de outra pessoa e ver em ti quem eu ali queria encontrar.
O azul é a tua cor, dizem alguns, mas também já te vi verde e negro, tal como se vestisses um fato para todas as ocasiões.
Tens a força de mil homens, mas também tens o carinho e ternura de cem mulheres, o conforto de uma casa e, no entanto, continuas a surpreender, por muito que de ti já se saiba.
Quanto estou nas ondas, não sei o que sinto, é tão profundo que não consigo descrever mas posso dizer que é como chegar de uma longa viagem e entrar em casa.
Finalmente Mar, só te queria dizer que tenho tanta pena de não te ver tanto como eu queria, daí esta minha alegria de poder estar unida a ti pelo meu coração ou pelo azul e verde dos meus olhos que no fundo é um pedaço de ti que em mim se cristalizou.
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