Porquê chorar?
Porquê gritar,
rir, sonhar, inventar?
Porquê?
Porquê fazer,
dizer, ler, escrever?
Porquê?
Porquê existir?
Vivo num mundo de porquês,
um mundo de incessantes perguntas,
e de escassas respostas.
Quanto mais se descobre,
mais se tem que descobrir.
Faltam sempre peças no puzzle da vida,
Falta sempre uma palavra crucial,
Falta sempre um elemento na equipa,
mas porquê?
De volta às perguntas sem resposta
(mas porque é que não têm outro nome
se são assim tantas?),
perguntas às quais gostava de responder,
como, por exemplo:
Porquê morrer?
Porquê sofrer?
Porquê passar fome,
sede, dificuldades?
Porquê eu e não ele?
Porquê ele e não eu?
Será porque sou branca,
ou será porque ele é preto?
Perguntas parvas?
Talvez, depende do ponto de vista.
Acredita,
Se houvesse uma lista...
Bem não poderia haver,
são tantas as perguntas por responder.
Podemos dar-nos ao luxo de fazer suposições?
Talvez, é o principio para uma resposta,
esteja ela certa ou errada.
Depois de tantos porquês,
Depois de tantas suposições,
tudo o que quero são respostas concretas,
respostas simples, eficazes, adaptantes aos meus obstáculos,
à minha vida, mas essas,
oh bem, essas vou ter que as procurar por mim mesma.
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