sexta-feira, junho 27, 2008

Sonhos?

Sonhos:
meras ilusões que nos fazem,
por simples momentos,
acreditar que aquilo que nos é negado
pela dura e crua realidade,
pode,eventualmente,
tornar-se verdade.
Sonhos,
fazem-nos perder a cabeça,
fazem-nos abdicar de coisas,
que por acaso são aquelas de que mais gostamos,
fazem-nos mudar,
imaginar,
iludem-nos,
perseguem-nos,
impedem-nos,
por vezes,
de seguir em frente.
Sonhos,
puras e belas desilusões,
não passam de ilusões,
são coisas que raramente acontecem,
mas os sonhos,
ah! Esses nunca desaparecem,
aliás, estão sempre prontos a reaparecer,
para não nos deixar viver,
para não nos deixar sentir realizados?
Talvez.
Sonhos,
são tão bons,
são um filme em que,
as personagens principais,
as estrelas do ecrã,
somos nós.
Tal como a vida de actriz ou actor,
dão cabo de nós,
despedaçam corações
e despertam paixões,
que pensávamos terem acabado
de uma vez por todas.
Quero que este sonho, 
ou direi, pesadelo,
acabe.

quinta-feira, junho 26, 2008

If you don't love me, then why:
Why the messages, why the attencion,
why?
You told me once that you wouldn't give up our friendship,
Well my friend,
You did it.
Where's my partner in all those games?
Where is he now?
You're avoyding me,
It's clear, it's evident,
at least you could trie to be less...less.
Someday you'll see what you lost,
someday you'll think:
"I should have give it a shot,
I should have tried one time."
I couldn't avoid it,
It's stronger than me,
but here I am,
playing the fool again,
making all these stuff 
and then you didn't even noticed me.

Thank you...for nothing.

segunda-feira, junho 23, 2008

Porquês?

Porquê chorar?
Porquê gritar,
rir, sonhar, inventar?
Porquê?
Porquê fazer, 
dizer, ler, escrever?
Porquê?
Porquê existir?

Vivo num mundo de porquês,
um mundo de incessantes perguntas,
e de escassas respostas.

Quanto mais se descobre, 
mais se tem que descobrir.
Faltam sempre peças no puzzle da vida,
Falta sempre uma palavra crucial,
Falta sempre um elemento na equipa,
mas porquê?

De volta às perguntas sem resposta
(mas porque é que não têm outro nome
se são assim tantas?),
perguntas às quais gostava de responder,
como, por exemplo:
Porquê morrer?
Porquê sofrer?
Porquê passar fome,
sede, dificuldades?
Porquê eu e não ele?
Porquê ele e não eu?
Será porque sou branca,
ou será porque ele é preto?

Perguntas parvas?
Talvez, depende do ponto de vista.
Acredita,
Se houvesse uma lista...
Bem não poderia haver,
são tantas as perguntas por responder.

Podemos dar-nos ao luxo de fazer suposições?
Talvez, é o principio para uma resposta,
esteja ela certa ou errada.

Depois de tantos porquês,
Depois de tantas suposições,
tudo o que quero são respostas concretas,
respostas simples, eficazes, adaptantes aos meus obstáculos,
à minha vida, mas essas,
oh bem, essas vou ter que as procurar por mim mesma.

domingo, junho 15, 2008

Eu sei que gosto muito de escrever sobre o mar, sei que sou repetitiva, mas o mar é um pedaço da minha essência, é um pedaço do meu coração, por isso vou sempre escrever mais e mais sobre ele. Quem está farto não leia. Isto é o que me vai na alma. Não vou deixar que me a acorrentem.

Esta ideia de homenagear o mar surgiu porque um amigo meu, o João Nuno, numa conversa, me disse uma frase que é traduz o quão bem o mar faz a mim e aos outros e que foi qualquer coisa deste género: O mar acalma a mente. Daí surgiu esta minha ideia de o homenagear. 

Homenagem ao mar....

É contigo que acordo e contigo adormeço. Acalmas a minha mente, o meu espírito revolucionário, inquieto, desenfreado, radical.
Tens uma voz que me chama para ti, que me pede para nos unirmos, para formarmos um só ser, uma só alma.
És tão belo, és tão vivo, incendeias almas, sem ninguém compreender o porquê.
Sabes que matas, que tiras sem dar, que fazes sofrer e chorar, redemoinhas sem parar, mas no fundo a culpa não é tua, no fundo és como eu, uma criança alegre, malandra, que vai e volta sem parar de correr, uma criança ainda com muito para aprender.
Ouço a tua voz à distância, por ti e contigo sofro, talvez por não te ver, talvez por te amar ou por gostar de outra pessoa e ver em ti quem eu ali queria encontrar.
O azul é a tua cor, dizem alguns, mas também já te vi verde e negro, tal como se vestisses um fato para todas as ocasiões.
Tens a força de mil homens, mas também tens o carinho e ternura de cem mulheres, o conforto de uma casa e, no entanto, continuas a surpreender, por muito que de ti já se saiba.
Quanto estou nas ondas, não sei o que sinto, é tão profundo que não consigo descrever mas posso dizer que é como chegar de uma longa viagem e entrar em casa.
Finalmente Mar, só te queria dizer que tenho tanta pena de não te ver tanto como eu queria, daí esta minha alegria de poder estar unida a ti pelo meu coração ou pelo azul e verde dos meus olhos que no fundo é um pedaço de ti que em mim se cristalizou.
Uma Casa...

As tuas paredes sussuram,
contam teus segredos às janelas,
que os passam cá para fora,
fazem-no a toda a hora.

As portas acusam já o cansaço,
Os móveis velhos, aústeros e poeirentos,
o desgasto.
Tudo usado e abusado,
Tudo antigo e cansado
de servir a vontade dos Homens.

Tens tanto para contar,
Tantos momentos a recordar,
Viste pequenos crescer,
Graúdos a falecer,
Viste sair e entrar,
pessoas que,
mesmo tendo dedos,
poderias contar.

Casa, abre para mim,
essa tua asa e acolhe-me em ti...
MAR

Desenhas teus passos na areia,
Cantas canções de dor,
Contas, por vezes, histórias de amor.
Vens e voltas,
Vais e voltas a voltar, 
Eterna indecisão,
que ninguém consegue decifrar.
Guardas segredos no teu canto mais profundo,
Escondes palavras,
Encantas os Homens,
Fazes chorar,
Roubas a vida,
mas também a sabes dar.
Escreves tuas frases nas praias,
E, no entanto, só as pode compreender,
Não quem mais sabe,
Mas quem melhor te quer conhecer.

segunda-feira, junho 02, 2008

Reflexões...
Este mundo, o meu mundo, já não é aquele mundo que conheci. No meu mundo não havia amigos falsos, não havia guerras, injustiças, desigualdades. Tenho vindo a despertar para uma realidade que não quero ver, uma realidade que não quero conhecer mas que tenho de o fazer, ou serei sempre uma criança. 
Há dias em que não quero acordar, dias em que me apetece ficar a viver nos meus sonhos, dias em que me apetece navegar na minha imaginação, viver no meu pensamento, mas a realidade abana-me e faz-me acordar para uma nova jornada. 
Não quero acreditar no que vejo, sinto ou pressinto. Será possível? Tanto ódio, falsidade, vingança, morte à minha volta? Será possível acreditar que podemos sobreviver num mundo destes, com pessoas destas? Será possível dar um passo em frente sem ter pessoas a colocarem-nos barreiras para não avançarmos, para cairmos e sermos para sempre esquecidos?
Quero avançar, quero correr em direcção ao meu futuro, mas a cada passo que dou são me colocados obstáculos cada vez mais difíceis, por pessoas que me querem ver triste, por pessoas invejosas, traidoras, falsas, cujo objectivo é fazer a vida negra aos outros. 
Sinto-me no meio de uma guerra fria, no meio de uma sociedade de cobiça, em que os bem sucedidos são aqueles que menos trabalham e mais mal fazem. Uma sociedade que não trabalha como um grupo, uma sociedade em que aqueles que mais se esforçam são os mais prejudicados e injustiçados.
Já não respiro o mesmo ar que antes. Talvez nunca tenha respirado, mas só agora tomo plena consciência do que se passa realmente à minha volta.
Poderei eu, uma jovem de 16 anos, fazer algo para alterar este mundo? Poderei eu fazer a diferença ou ser uma pessoa normal, que atropela os outros para ter sucesso? A resposta é difícil. Ainda não posso fazer nada para alterar o mundo, mas num amanhã(que já está próximo) talvez. A única coisa que posso prometer é lutar por isso. Quanto à segunda interrogação, penso que essa é fácil. Não me educaram de modo a que fosse falsa, de modo a que sobrevivesse e tivesse sucesso a todo o custo. Educaram-me a ser honesta, leal e colaboradora para com o próximo e sobretudo a lutar pelos meus sonhos. É isso que vou fazer e sempre farei. Se cheguei onde estou foi à custa de muito suor e dedicação. O meu lema é: Ter objectivos e lutar por eles. 
Podem tentar deter-me, eu não vou parar. Podem tentar deitar-me abaixo, mas eu vou tentar resistir. Tenho forças para lutar e um corpo onde reside a minha alma, a minha essência. Basta-me isso e o apoio das pessoas que mais amo para tudo e todos enfrentar. 
Não me vingarei, mas todos aqueles que se puseram no meu caminho um dia perceberão que esta míuda não acordou para este mundo para ser mais um ser humano.

domingo, junho 01, 2008

Esta é um poema resultante do meu desapontamento quanto à cantora Amy Winehouse, mais precisamente a sua actuação no Rock In Rio.

Amy,
Se é a autodestruição que desejas,
tenho pena,
tanto talento, tanta emoção,
perdidos por um vicio.
Porque é que não és tão forte,
Porque não te impões,
como a tua voz?
Se tens força para cantar,
porque não tens força para lutar,
contra este problema,
que te impede de encantar,
de impressionar,
tudo e todos?
Porque é que insistes, 
ou deverei dizer,
porque é que resistes?
Estás mal,
admite,
cura-te,
volta,
não em preto,
mas em grande.
Porque é que desperdiças,
porque é que arruinas,
tudo o que tens,
tudo o que te deram?
ACORDA!
Porque é que não tentas viver?
Porque é que te esforças tanto para morrer?
Penso que só vais perceber,
que te vais afundar,
quando o teu mundo desabar,
mas aí será tarde demais,
Pois já não vais ter forças para lutar.