sábado, fevereiro 16, 2008

Penso nos meus erros, nas asneiras que já fiz e tudo porquê? Digo que foi sem querer, que não tinha intenção mas por vezes minto a mim própria só para me fazer sentir melhor. Erro por não pensar e erro por o fazer. Erro por burrice e erro por teimosia. Gostava de conseguir ver a razão quando ela está à minha frente mas nunca consigo, nunca consigo identificar aquela pequena palavra que me escapa e depois me faz cometer erros parvos, erros que podiam ser evitados.
Gostava de às vezes não dar ouvidos às pessoas erradas, de não ligar a provocações, de ser menos criança ou, pelo menos, agir menos como uma. Quero o mundo, quero o universo mas esqueço-me que não sou a única que os quer. Depois erro, porque penso que estou a fazer o melhor para mim e para os outros mas, por vezes, não. É por isso que dou sempre uma 2º oportunidade às pessoas, para que elas me possam também retribuir com uma outra a mim, se eu errar. Por vezes quero tudo, quero o melhor, quero mais, mas não se pode ter tudo aquilo que se quer e por isso acabo por errar ao tentar satisfazer a minha utopia. Ter o melhor, a pouco custo. Mas é por isso que erro, por não ver que dentro da casca tosca está, por vezes, lá dentro uma noz, simples mas boa. Queria que o mundo fosse melhor, queria que o mundo me sorrise mais vezes, mas começo agora a ver que esses foram sorrisos falsos, testes à minha capacidade de me manter no caminho e não ir por atalhos, belos no início mas que acabam por revelar-se becos sem saída.

Miséria de vida esta, tão imperfeita, tão cruel, mas que por vezes nos sorri e esse sorriso vale por milhões.

But now I have come to believe that the whole world is an enigma, a harmless enigma that is made terrible by our own mad attempt to interpret it as though it had an underlying truth. Umberto Eco

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