segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Mardi Gras


Mardi Gras,
a time to pretend,
a time to have fun
being another,
impersonating another.
I don't feel like impersonating,
I don't want to pretend,
No mask can hide what I am,
What I feel...
I don't need a mask
to be a monster,
I don't need a mask
to pretend that I'm sad;
I already am sad,
Lethargy strikes me everyday,
Not every hour,
Not every minute,
But it strikes,
and when it does
it hurts like hell.
My soul is broken,
there are pieces missing,
and I can't pretend to be complete,
'cause I'm not.
I try to put a happy face
so that nobody knows what's going on inside,
what's going on behind the mask.
I know that sometimes
it looks like I'm pretending,
like some kind of daily Mardi Gras,
but I'm not,
It looks fake,
because it's uncommon,
but my only mask
is the one I have to wear right now,
a mask of happyness,
to cover up my face
marked by sadness,
lethargy, pain,
incompleteness of the being.
To me,
Mardi Gras is just another day
wearing the mask,
only this time
everyone is wearing one too
but, if we think strait,
isn't that what everyone does?


sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Jarra Vazia


A jarra está vazia,
faltam as flores,
falta a água...
Para onde foram?
Porque está a jarra vazia?
O cheiro a jasmim,
cravos do mais vivo carmim,
rosas brancas do jardim,
nada enche a jarra,
nada encaixa naquele vazio...
São flores selvagens que procuro,
mas o prado secou
e para trás apenas ficou
a lembrança daquela cor deliciosa,
que aquecia o coração
só pela visão.
Agora a jarra está na mesma,
o prado ainda está seco,
as flores murcharam:
as papoilas, as margaridas,
a roseira brava junto ao rio.
Não são os gerânios,
Nem sequer as violetas,
que irão preencher aquele vazio,
só aquela papoila cor de sangue,
aquela brancura do mal-me-quer
a irão preencher.
Assim, espero,
ansiosamente pela hora
de ver aquele prado voltar ao habitual,
aquele aglomerado de cores melodiosas,
todas desencontradas mas ritmadas.
Entretanto, a jarra está vazia,
até quando o estará?
Até quando esperará?
O prado ainda não floresceu,
mas restou ainda uma esperança
de que um dia
este volte a ser meu...

Dias...

Há dias sim,
Há dias não,
Há dias em que perdemos a razão...
Há dias em que sonhamos,
dias em que estamos com a cabeça na Lua,
dias em que, simplesmente, desligamos...
Há dias em que adormecemos,
e dias em que dormimos acordados
Há dias gelados,
Há dias quentes,
Há dias que passam a correr
e outros que não passam,
Há dias que queremos apagar
e dias que queremos relembrar...
Há dias para relaxar
e dias em que não deixamos de nos preocupar...
Há dias que já passaram
e dias que ainda estão para vir,
Há dias para rir,
Há dias em que não paramos de chorar...
Há dias em que somos nós
e dias em que não nos reconhecemos,
há dias em que conhecemos,
e dias em que esquecemos.
Há dias em que chegamos ao final
e damos por nós a pensar:
"Foi um bom dia!"
Outros em que pensamos:
"Que dia de cão..."
Há dias em que o tempo para,
e deixa-nos apreciar
aquele momento especial
que muda para sempre o nosso dia:
Podemos não ter sido felizes o tempo todo,
mas, naquele momento, fomos
e isso chega para transformar um dia,
esse momento de esperança e de alegria
que nos preenche e faz-nos esquecer
aquele dia mau, aquele dia não,
dias de escuridão.
Por vezes, um sorriso basta
Ou uma pessoa que nos abraça,
o que conta é a intenção,
Isso chega para aquecer o coração.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Abismo


“Os nossos inimigos forçaram-nos até à beira do abismo; é mais digno precipitarmo-nos por nós próprios, do que esperar que eles nos empurrem.”

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Vazio

Vazio,
Dor,
A dor de ter de errar...
Outra e outra vez...
Porquê?
Ora penso,
Ora deixo de pensar,
as coisas têm que ser como eu quero,
mas isso tem que acabar,
Só que por mais que eu tenha errado
Não consegui mudar.
Porquê?
Procuro agora ajuda,
para me conseguir desvendar,
não me conheço a mim própria,
nem sequer estou a tentar.
Porquê?
Deixo seguir o vento,
fico no mesmo lugar,
mas é hora de partir
não sei se consigo andar.
Quando é a Hora?
Será que posso confiar,
Preciso de ajuda e vou procurar
Até ao fim do mundo se precisar.
O quê?
A alma dói,
mas fui eu que dei a facada...
Porquê?
A mente está incapacitada...
Quando?
A faca não saiu,
a alma está sofrida,
aberta está esta ferida.
Até quando?
Até que altura?
Pedir desculpa não basta,
não basta para recuperar,
aquilo que ficou perdido,
no meio desta corrente do errar.