Quero voltar à infância
e esquecer que alguma vez cresci.
Quero reviver o que vivi
voltar à casa na árvore,
aos serões na rua,
voltar a pensar que a lua é um queijo
E a sonhar com o derradeiro primeiro beijo.
Quero esquecer as memórias,
voltar a ser uma criança
não ter preocupação alguma
senão brincar e sonhar,
pintar e imaginar um mundo justo,
um mundo bondoso,
como nos desenhos animados,
rir com os meus amigos
voltar aos tempos em que éramos todos unidos
e em que riamos às gargalhadas
de anedotas e também piadas,
talvez idiotas, mas no fundo inocente.
Ah, riso de criança,
mais belo que qualquer música ou dança,
que encanta e nos espanta,
pois num riso está contido
tudo o que é a infância:
Saltar e correr,
rir e chorar,
brincar e voar com a mente,
ser avião e comboio,
ter bonecas e carrinhos
imaginar como será ser gente,
querer tudo e contentar-se com o nada.
Tempos antigos,
em que a alma era inocente, pura, preservada,
sem que nada a corrompesse,
mas agora, oh o agora,
tudo me parece apenas uma história,
tudo é diferente neste mundo perverso,
no entanto, continuo a sonhar e imaginar,
a correr e a saltar,
para dentro de mim
manter viva esta criança,
que me permite ainda ter esperança,
que as pessoas venham a mudar,
que o mundo deixe de ser injusto
que a lua volte a ser um queijo
e recordar aquele primeiro beijo
como uma boa recordação
e não como um acontecimento vão.
quinta-feira, outubro 01, 2009
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