segunda-feira, setembro 28, 2009

De que serve olhar as nuvens, se não te podes deitar nelas?

Sento-me à janela e, mais que olhar, observo. Vejo o céu, vejo as nuvens laranja que, à medida que o sol se põe, ganham tons de rosa como se envergonhadas estivessem e finalmente ficam roxas. O dia está a acabar.
Quando me sento e olho para o céu pergunto a mim própria o porquê de olhar as nuvens. Não percebo bem o que há nelas que tanto me fascina. Será a sua mudança de cor com o passar do dia? Será porque tenho esperança de um dia me poder deitar numa? Hmm, não sei.
Tenho curiosidade, tenho fome de saber, porque é que as nuvens se movem, porque é que elas às vezes não se querem mexer? Não quero mais dúvidas, quero respostas concretas, talvez olhe para o céu à procura delas, talvez estejam escondidas algures numa nuvem...
Olho para as nuvens. À dias em que o céu parece a arca de Noé, versão 2. Tão depressa vejo um cão como no momento a seguir ja vejo uma galinha. O vento molda figuras nas nuvens, como se de um escultor se tratasse, mas são efémeras, o vento não gosta de conservar, gosta de mudar, seja de direcção ou de intensidade. Mudam os ventos mudam os tempos... e as figuras. Há quem não as veja, as figuras, e por essa mesma razão padecem de uma doença que é a falta de imaginação. Começam por lhes retirar, quando ainda são pequenos, a criatividade e depois eles próprios acabam por matando a imaginação de forma brutal, um crime horrível e que é cometido frequentemente.
Penso bem, penso outra vez e chego à conclusão que vale a pena olhar as nuvens e imaginar, apesar de não nos podermos deitar nelas...

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