quinta-feira, setembro 10, 2009

11/09/2001

Lembro-me como se fosse hoje: Cheguei a casa da escola, tinha eu 9 anos. Liguei a televisão e comecei a ver os desenhos animados, cumprindo a rotina habitual. Não fazia a mínima ideia que o mundo como o conhecia iria mudar de forma drástica numa questão de minutos. A meio de uma cena de comédia interrompem o programa para uma notícia de última hora. "Uma das torres do World Trade Center foi atingida por um avião." Continuei a acompanhar as notícias e, de repente vi algo no fundo do ecrã: era o segundo avião. Vi-o embater contra a outra torre e não sabia o que dizer, nem fazer. Continuei a acompanhar a reportagem, vi imagens de pessoas que se atiraram das Torres como última alternativa. "Parecem pássaros atingidos por uma bala"-pensei eu. Vi tudo. Tive medo. Tive pena. Tantas dúvidas insurgiram nesse momento e muitas delas tão precoces para uma criança de 9 anos, mas sei que não fui a única com tais pensamentos pois até entre amigos discuti o assunto e todos eles sentiam o mesmo que eu.
Nunca sonhámos que algo como aquilo que sucedeu no dia 11 de Setembro de 20001 pudesse acontecer, mas aconteceu. Milhares de perguntas, poucas com resposta, mas sabiamos que montes de crianças tinham perdido os seus pais nesse dia, montes de familias tinham perdido membros e sabiamos que era horrivel o que estava a acontecer. Ainda hoje me afecta, ainda hoje me lembro de tudo nesse dia, porque marcou a nossa geração, tal como acontecimentos como a queda do muro de Berlim marcou a geração anterior. Este acontecimento é o símbolo que o nosso mundo corre perigo, que qualquer um de nós pode ser o alvo desta guerra "silenciosa" que é o terrorismo. Acho que a pergunta mais significativa que me ocorreu nesse dia e que ainda hoje permanece é: "Porquê?" Continuo a não perceber como é possível a humanidade cometer crimes deste género, descer tão baixo e de forma tão cruel. Acho que os Homens estão a começar a perder aquilo que os identifica: A sua humanidade. Mas isso sou só eu a pensar alto. Mas creio que tenho razão...

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