quinta-feira, julho 09, 2009

Lisboa menina e moça

Lisboa,
cidade mundana
de gentes e costumes tão diferentes,
cidade de luz e de escuridão,
cidade de contrastes e contemplação.
Oh bela, como és bonita,
apesar de todos os teus defeitos,
de pareceres uma arena de combate
há ainda quem te ame e quem te admire,
quem um piropo remate
ao olhar para ti de relance.
Naquela auge citadina,
vemos uma mistura de nações,
de Inglaterra à Argentina,
Unem-se diferentes facções:
Ricos, pobres, classe média,
tudo aí se mistura,
fascinando quem por ali passa.
Também vejo dor,
amargura e tristeza
transtornando essa tua beleza
mas não há nada a fazer,
o mundo é como é,
isso já consegui aprender.
Ah! Como é bom passear
junto à beira rio,
ou será à beira mar ?
Que interessa,
quando vagueio nos teus recantos
o tempo não passa
e eu não tenho pressa.
Desde Belém a Benfica,
olho para o rio e vejo barcos
que partem para o outro lado do mundo
desafiando o escuro oceano profundo,
vejo gaivotas que pairam no ar
contentores por carregar
(fico a imaginar o que encerram)
vejo ao longe uma chaminé,
um cartaz a brilhar,
vejo rebuliço e confusão
a qualquer hora e qualquer segundo:
Ninguém pára este mundo!
No entanto,
no meio de sangue, suor e turbilhão
encontro um esconderijo
um sitio para me esconder
de todo o stress e multidão.
Comece em St.Apolónia ou no Rossio
prometo que te correrei de fio a pavio,
oh cidade de loucos,
onde homens com juízo, meu deus,
existem poucos.

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