No caminho para a paragem
Todos os dias o vejo,
Quando o novo dia que nasce
ainda parece miragem.
Surge de um caminho encoberto
Envolto na névoa despertina
Às costas leva a carga pesada
Que o traz desperto.
Roupagem simples e desgastada
Rosto fatigado, marcado pelo tempo
E entre a boca e a bigodaça avantajada
Um cachimbo aceso, atiçado pelo vento.
Não sei quem ele é,
De onde veio,
Para onde vai,
Nem onde trabalha,
Nem quando entra ou sai.
Mas aquele cachimbo que fuma
Envolve-o num misto intemporal
Como se ao vê-lo no momento
Estivesse a andar para trás no tempo.
A voltar a outras épocas
Outras alturas
Onde todos os dias
Encerravam aventuras,
Onde havia gentlemans
fumando cachimbo.
Fico perdida neste limbo,
E a sonhar com outros tempos,
Mas quando acordo percebo
Que era um sonho, e tudo o que restou
Foi o homem do cachimbo
Que por mim passou.
sábado, maio 02, 2009
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