Passa mais um ano escolar na minha vida, mas um ano que será para sempre recordado como aquele que provavelmente mais me marcou. Não fiz nada de notável, não descobri a cura para a SIDA, não arranjei nenhum namorado. Não, não fiz nada de impressionante, por muito que o possam dizer, mas aconteceram-me coisas que mudaram para sempre quem eu sou, a maneira como sou, até mesmo a maneira como olho para mim.
No início do ano eu era diferente daquilo que sou agora, não só no aspecto mas também na maneira de encarar a vida. A minha vida era o meu futuro, o meu aspecto não importava, pois por mais que fizesse não iria ficar bonita, tinha que agradar a tudo e todos para estar bem comigo própria e tinha que simplesmente seguir a rotina, todos os dias, como sempre, ficando sempre em 2ºplano, colocando os meus interesses em 2ºplano, colocando a minha felicidade em 2ºplano. Mas agora não. Agora vivo no presente, aproveito-o, aprendi a viver o momento e a pensar um pouco menos no futuro. Percebi que antes de gostar de alguém tenho que gostar de mim, conseguir olhar para um espelho sem ter medo de o partir, percebi que o que os outros pensam daquilo que eu uso ou deixo de usar não me interessa, só eu é que tenho o direito a escolher como modelar o meu aspecto. Compreendi que não posso estar com toda a gente ao mesmo tempo, que na vida há que fazer escolhas, escolhas essas que nos façam felizes, que sejam boas para nós e que nos ajudem a crescer como pessoas e eu escolhi. Foi uma escolha, foi o quebrar da rotina, a mudança que eu precisava. Por essas mesmas razões, acho que, depois de um ano a ajudarem-me a mudar, a aturarem as minhas infantilidades e a aceitarem-me como sou, o mínimo que posso fazer é agradecer, em especial, à Mariana, à Mónica,à Carlota e à Cris. Não há nenhuma ordem especial, nem estou a dizer que só elas é que me ajudaram, só que elas merecem um reconhecimento especial por tantas razões mas em especial, por terem entrado na minha vida. É a elas a quem devo um ano espectacular, com bons e maus momentos, mas que só tornaram mais fortes a nossa amizade. Posso dizer, tal como já elas devem saber, que elas são minhas melhores amigas, tal como outras pessoas que já o eram e continuam a ser. Graças a elas mudei, deram-me a coragem que necessitava para o fazer, ralharam-me por não o ter feito antes e apoiaram-me contra tudo e contra todos quando eu mais precisava.
Às vezes as palavras são a melhor maneira de eu me expressar, mas não há palavras que descrevam o quanto significam para mim. Obrigada meninas :')
domingo, maio 31, 2009
segunda-feira, maio 11, 2009
Amor, Amar
O que é amar? O que é o amor? A mim parece-me que é tudo um caso de tentativa e erro até acertar no sítio certo, ou melhor dizendo, na pessoa certa. Só que há um preço tão caro a pagar por cada erro, um preço que pode despedaçar-nos o coração, causar-nos sofrimento mas que pode também ensinar-nos a suportar a dor, a lutar por aquilo que queremos, a não cometer o mesmo erro 2 vezes. A vida sem amor é como se tivessemos um buraco negro no peito, que suga tudo o que é dor, sofrimento, mágoas, solidão. Mas amor a mais tolda-nos a nossa visão do mundo, cria uma ilusão que nos cobre totalmente e que afecta todo o nosso raciocínio. Tem que haver um meio termo, há sempre um meio termo, só assim se pode coexistir. Amaralguém requer dedicação, requer força para mudar e adaptar. Há que saber moldar-nos à medida do outro e vice-versa. Há que ser sincero e confiar. São coisas que, verdade seja dita, já não existem em grande quantidade neste mundo, um mundo de consumismo que agora se espande ao amor no aspecto do "comer e deitar fora" e do "brinquedo novo". É tudo tão superficial hoje em dia, é tudo tão distante... Todo o amor gira à volta de telemóveis, emails, messenger. Não devia ser assim... As palavras quando são escritas podem ser apagadas, reescrevidas e melhoradas mas tudo tem outro encanto quando é dito ao ouvido, quando temos o prazer de passar momentos inesquecíveis, por mais simples que sejam. É um mundo em mutação e o amor, esse velho bandido, não lhe escapou. Há que voltar a amar como se amava noutros tempos. Recuperar o que de bom tinha o amor antigamente e manter o bom que tem o amor hoje em dia. Só com uma fusão será possível atingir um amor quase perfeito a nível emocional. Só assim amar terá sentido novamente.
sábado, maio 09, 2009
Black Heart Inertia
Just like that,
it's done,
another one made me bite the dust.
Now
All there is to do is
Survive.
Isn't it what we all do?
My heart is back
To the black inertia.
The lights are out
I cry out in my sleep,
It's such a lovely day
to suffer, to experience rejection.
Tonight the stars shine
Tonight the moon is full
But I can't stop thinking
How I was a fool.
The story repeats itself
Too many times,
Too many people.
Why me?
Hasn't my heart experienced enough pain?
Were all my fights in vain?
I try not to think
I try not to feel
But all that I want to do
Shouting to the air
And kneel.
My heart is black
The pain is back
All I see is a rope in my neck
But I won't surrender
That's what a coward would do
No, I'm here to stay, I'm here to fight
But not for you...
it's done,
another one made me bite the dust.
Now
All there is to do is
Survive.
Isn't it what we all do?
My heart is back
To the black inertia.
The lights are out
I cry out in my sleep,
It's such a lovely day
to suffer, to experience rejection.
Tonight the stars shine
Tonight the moon is full
But I can't stop thinking
How I was a fool.
The story repeats itself
Too many times,
Too many people.
Why me?
Hasn't my heart experienced enough pain?
Were all my fights in vain?
I try not to think
I try not to feel
But all that I want to do
Shouting to the air
And kneel.
My heart is black
The pain is back
All I see is a rope in my neck
But I won't surrender
That's what a coward would do
No, I'm here to stay, I'm here to fight
But not for you...
sábado, maio 02, 2009
Incompreensível
Não quero
Não penso
Desespero
Não falo
Não ouço
Não quero ouvir,
Falar,
Pensar,
Sentir.
Digo não,
porque não quero dizer sim,
Não me calo
Porque quero falar
Mas diga o que disser
nada se vai alterar
Falo na esperança
De um dia alguém me conseguir calar.
Falo de esperança,
Penso em desespero.
Sem extremos,
Sem medidas,
Sem limites.
Não quero pensar,
Porque penso em ti,
Não te quero ver,
Já só quero esquecer
Que existes,
Que desististe,
Que não insistes.
Nada mais há a dizer
Sofreste,
mas agora és tu que fazer sofrer.
Não penso
Desespero
Não falo
Não ouço
Não quero ouvir,
Falar,
Pensar,
Sentir.
Digo não,
porque não quero dizer sim,
Não me calo
Porque quero falar
Mas diga o que disser
nada se vai alterar
Falo na esperança
De um dia alguém me conseguir calar.
Falo de esperança,
Penso em desespero.
Sem extremos,
Sem medidas,
Sem limites.
Não quero pensar,
Porque penso em ti,
Não te quero ver,
Já só quero esquecer
Que existes,
Que desististe,
Que não insistes.
Nada mais há a dizer
Sofreste,
mas agora és tu que fazer sofrer.
O Homem do Cachimbo
No caminho para a paragem
Todos os dias o vejo,
Quando o novo dia que nasce
ainda parece miragem.
Surge de um caminho encoberto
Envolto na névoa despertina
Às costas leva a carga pesada
Que o traz desperto.
Roupagem simples e desgastada
Rosto fatigado, marcado pelo tempo
E entre a boca e a bigodaça avantajada
Um cachimbo aceso, atiçado pelo vento.
Não sei quem ele é,
De onde veio,
Para onde vai,
Nem onde trabalha,
Nem quando entra ou sai.
Mas aquele cachimbo que fuma
Envolve-o num misto intemporal
Como se ao vê-lo no momento
Estivesse a andar para trás no tempo.
A voltar a outras épocas
Outras alturas
Onde todos os dias
Encerravam aventuras,
Onde havia gentlemans
fumando cachimbo.
Fico perdida neste limbo,
E a sonhar com outros tempos,
Mas quando acordo percebo
Que era um sonho, e tudo o que restou
Foi o homem do cachimbo
Que por mim passou.
Todos os dias o vejo,
Quando o novo dia que nasce
ainda parece miragem.
Surge de um caminho encoberto
Envolto na névoa despertina
Às costas leva a carga pesada
Que o traz desperto.
Roupagem simples e desgastada
Rosto fatigado, marcado pelo tempo
E entre a boca e a bigodaça avantajada
Um cachimbo aceso, atiçado pelo vento.
Não sei quem ele é,
De onde veio,
Para onde vai,
Nem onde trabalha,
Nem quando entra ou sai.
Mas aquele cachimbo que fuma
Envolve-o num misto intemporal
Como se ao vê-lo no momento
Estivesse a andar para trás no tempo.
A voltar a outras épocas
Outras alturas
Onde todos os dias
Encerravam aventuras,
Onde havia gentlemans
fumando cachimbo.
Fico perdida neste limbo,
E a sonhar com outros tempos,
Mas quando acordo percebo
Que era um sonho, e tudo o que restou
Foi o homem do cachimbo
Que por mim passou.
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