O meu paraíso é uma sala de cinema. Nessa sala não há restrições, não há horários, nem confusões. Não se paga bilhete para entrar. O tempo existe, mas senta-se ao nosso lado, esquece também ele o futuro e o passado e limita-se a ficar parado, mudo, quieto e calado.
Nela reina o silêncio, a calma mansidão quebrada pela banda sonora, pela actriz que (faz) que chora, pelo barulho das roldanas, pelo crepitar da película queimada. Tudo negro, escuridão total, as luzes não se acendem, nem mesmo no final. Um final, que não o é, pois mal acaba um filme, seguem-se outros sem paragens, nem intervalos.
Vejo filmes, aprendo com eles, revejo-me neles, choro com eles. Ah! Que bom é poder nada fazer e no entanto tudo ver. Magia, emoção, romance, drama, acção. E existe até lugar para o real, para o chocante e para o banal.
Tudo isto me faz sonhar, imaginar, inventar novas histórias e finais. Viajo por mundos de tanta magia e emoção que nem acredito que nunca saí do meu cadeirão!
Ao meu lado, um balde de pipocas estaladiças e um copo de sumo, não há mais nada, nem sequer uma réstia de fumo. Acaba um filme, mas começa outro, e neste turbilhão esqueço o filme da minha vida que é tão diferente, ao qual digo: Até mais não!
sábado, abril 18, 2009
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