quinta-feira, abril 30, 2009

De volta de um sonho...

Sonhei que vivia num sonho
Ou num sonho sonhei que vivia
Num outro sonho,
Onde os sonhos eram vida
E a vida era o sonho.
Todos sonhavam,
Todos viviam,
Todos sentiam,
Todos amavam,
Sem excepções,
Sem porquês,
Havia limites? Não.
A resposta para as perguntas
Estava na nossa imaginação.
O sonho acabou,
Mas a vida continua,
Sempre continuou
E sempre assim será,
Mas viveremos nós num sonho?
Ou sonhamos nós que vivemos?
Ninguém sabe,
Como poderiam saber?
Talvez tudo seja um sonho,
Onde sonhamos viver…

sábado, abril 18, 2009

O meu paraíso é uma sala de cinema

O meu paraíso é uma sala de cinema. Nessa sala não há restrições, não há horários, nem confusões. Não se paga bilhete para entrar. O tempo existe, mas senta-se ao nosso lado, esquece também ele o futuro e o passado e limita-se a ficar parado, mudo, quieto e calado.
Nela reina o silêncio, a calma mansidão quebrada pela banda sonora, pela actriz que (faz) que chora, pelo barulho das roldanas, pelo crepitar da película queimada. Tudo negro, escuridão total, as luzes não se acendem, nem mesmo no final. Um final, que não o é, pois mal acaba um filme, seguem-se outros sem paragens, nem intervalos.
Vejo filmes, aprendo com eles, revejo-me neles, choro com eles. Ah! Que bom é poder nada fazer e no entanto tudo ver. Magia, emoção, romance, drama, acção. E existe até lugar para o real, para o chocante e para o banal.
Tudo isto me faz sonhar, imaginar, inventar novas histórias e finais. Viajo por mundos de tanta magia e emoção que nem acredito que nunca saí do meu cadeirão!
Ao meu lado, um balde de pipocas estaladiças e um copo de sumo, não há mais nada, nem sequer uma réstia de fumo. Acaba um filme, mas começa outro, e neste turbilhão esqueço o filme da minha vida que é tão diferente, ao qual digo: Até mais não!

quarta-feira, abril 15, 2009

Something in the way...

Não me encaixo,
Não me enquadro,
Sou peça do puzzle,
E, no entanto, estou sempre a mais nele.
Sou a ovelha negra do rebanho
Sou o risco no desenho,
O elemento neutro,
O zero, que nem é positivo,
Nem negativo.
Sou um ser não apelativo,
Sou um electrão com carga positiva!
Não tenho lugar,
Vivo na expectativa de aprender
Significados de palavras como “pertencer”,
Vivo com rumo e no entanto
Não sei para onde o vento me leva.
Sou como a poeira que levanto:
Insignificantemente insignificante.
A incerteza em mim é abundante,
Medos em quantidade alarmante,
Tabus que não o deveriam ser,
Acções que não deveriam acontecer.
Esta sou eu,
Que mais posso dizer?

quinta-feira, abril 09, 2009

Viagens por esse universo e arredores de lá...

Chega de monotonia!
Vamos dar um salto à lua?
Navegar nos seus mares?
Pular por cima das suas crateras?
Arrancar um pedaço dela?
Hmm, melhor pensando,
Vamos também a Saturno!
Balouçar nos seus anéis,
Fazer corridas neles também!
Não esquecer de visitar a estrela polar!
Tanto para ver, tanto para visitar,
o universo é extenso,
o tempo parece parar.
No vazio, não há matéria,
há beleza, mansidão,
há tristeza, solidão.
Porém,
quando se viaja acompanhado
Nunca se está só.
Vamos lá!
Vamos visitar constelações!
Vamos explorar buracos negros!
Vamos navegar na via láctea!
Orion, Ursa Maior, Ursa Menor,
Castor e Polux,
todas estão à nossa espera!
Basta imaginar
E estamos a viajar,
A quebrar a rotina,
A ver o universo,
e tudo o que está para além dele...