Passado...
Sou uma pessoa que gosta de progresso, de mudanças (boas), que olha para a frente e quer tentar perceber o seu futuro mas, admito, que olho muitas vezes para o meu passado, e não só para os bons momentos mas também para os maus.
Algumas pessoas sentem pena do seu passado não ser o seu presente, outras não querem que lhes recordem essa sua existência remota, por ter sido dura, violenta ou muitas mais coisas. Quanto a mim, sou uma mistura.
Gosto de voltar às origens, aos tempos em que não me preocupava com certos factos que hoje fazem parte da minha rotina cheia de problemas, tempos em que ignorava certas coisas que me fazem pensar:"Bem isto é tão óbvio, eu era mesmo muito inocente e ignorante." Costumo voltar ao inicio de grandes amizades que antes eram pequenas, a lista não é pequena. Já muitas pessoas me surpreenderam, tanto pela positiva como pela negativa, e tal como já vi amizades nascer, já vi outras murchar. Amizades, amores, momentos cómicos e humilhantes, de glória e orgulho, de estupidez e criancice: as origens de tudo isto surpreendem-nos como um pau de dois bicos.
Os erros do meu passado não ficam esquecidos, tento lembrar-me deles pois se os esquecer corro o risco de os repetir novamente: isso é o meu medo, o meu pior inimigo.
É tão bom lembrar momentos como o nosso primeiro beijo, o nascimento do nosso irmão, os nossos aniversários, as brincadeiras com os amigos, o nascer de grandes amizades, mas também é bom rir-mo-nos de momentos como quedas, brigas, partidas que nos pregaram.
O meu passado não é mau, nisso tive sorte, nada material me faltou embora às vezes tenham havido pessoas que me queriam ver em baixo, que me humilhavam sem parar, não viam quem eu realmente era. A essas pessoas não lhes desejo mal, mas tal como não me esqueço dos erros também não me esqueço do que me fizeram, embora não o demonstre se elas me provarem que mudaram.
Olho para trás e chego a uma pequena grande conclusão: Mudei. Já corrigi erros, já mudei o meu visual, a minha maneira de pensar, mas dentro de mim ainda está aquela criança rebelde e irrequieta que sempre me caracterizou, aquela criança que me persegue para todo o lado.
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