Porque às vezes não é fácil
achar a pessoa certa para nós
ou escolher o caminho correcto.
Cometemos erros,
muitas vezes a culpa é totalmente nossa,
outras, é das circunstâncias
e da escolha que tomamos,
é tudo muito rápido
e às vezes não é fácil...
A vida é um carro de corrida,
não para, não espera,
não olha para trás,
continua,
num movimento circular uniforme,
velocidade constante,
basta variar para sairmos da nossa órbita
e a inércia faz o resto:
somos expelidos,
cuspidos para uma outra trajectória.
Voltar é complicado,
é preciso um lançamento
para regressar ao normal
e às vezes não é fácil.
Às vezes precisamos de um pouco de física
e também de química,
precisamos de alguém,
às vezes temos que pedir ajuda
e às vezes não é fácil,
outras vezes não temos a quem pedir ajuda,
mas, às vezes, sozinhos,
somos capazes de coisas incríveis.
A vida anda,
continua na sua órbita,
ciclos e ciclos se passam,
vida, morte, vida, morte,
uma volta que se inicia,
acaba sempre por voltar ao inicio.
Eu? Eu gostava de dizer
que estou a meio da volta,
mas não sei em que ponto estou:
o meu ciclo pode acabar amanhã,
ou daqui a 100 anos,
nunca se sabe.
O que eu sei?
Sei que a morte
é apenas o final de uma volta,
o período da vida,
e também sei que a morte
significa o fim,
mas também o início de uma nova volta,
uma nova etapa,
e às vezes temos medo,
às vezes é difícil
viver assim,
num mundo tão perigoso,
mas a adrenalina disso...
Ah... não tem comparação,
prefiro morrer hoje,
mas ao menos que morra feliz comigo,
até lá,
às vezes é difícil imaginar a morte
quando ainda tenho tanto a fazer para ser feliz,
embora nunca o seja realmente.
Sim, às vezes não é fácil viver,
não é fácil resolver os problemas
para se ser feliz,
mas a vida é assim,
um ciclo, uma roda viva,
desconcertantemente confusa,
um turbilhão de emoções,
das quais somos o centro de massa,
o palco.
Do que estamos à espera?
O nosso tempo em cena não dura para sempre
e temos que aproveitar,
enquanto espectáculo durar.
Carpe diem, frattes. The show must go on...