sexta-feira, março 26, 2010
Lloret de Mar
Caros seguidores assíduos do meu blog, tenho a informar que estarei fora 10 dias para a minha viagem de finalistas. Claro que pouco o nada vos interessa mas é só para não estranharem a fraca postagem. Adeus e boas férias !
quarta-feira, março 17, 2010
Voar (um diálogo entre pai e filha)
-Pai, tenho medo de voar...
-Filha, abre as asas e sente o vento passar... Estás a sentir?
-Sim pai, é tão tentador, tão intenso e ao mesmo tempo tão forte...é capaz de me arrastar. Não quero cair, pai.
-Filha, se caíres, voltas a tentar, há sempre outras oportunidades para voar.
-Mas pai, o vento vai-me fazer cair...
-Tens que ser forte, filha, mais forte que o vento. Se fores forte, se caíres e voltares a levantar vais ver, o vento não te volta a derrubar.
-E se eu me magoar, pai? E se eu não for forte? E se...
-...Filha, o futuro depende de ti, querer é poder e se tiveres fé em ti, tens tudo para voar.
-Pai, tenho medo de não conseguir voar, tenho medo de te desapontar...
-Não temas nada, não tens que ter medo, é o medo que te faz falhar. Não me desapontas. Filha, confia em ti...
-Não sei se consigo confiar. Se as asas falharem, pai, quem me vai amparar?
-Filha, as asas foram feitas para voar, só falham se não conseguires acreditar.
-Acreditar no quê, pai?
-Em ti, filha, nas tuas asas, na tua vontade de voar. Treinaste tanto para aqui chegar, estás tão perto da beira do ninho, este é só mais um desafio dos muitos que tiveste que enfrentar. A vida está cheia deles, o vento é forte, há brisas traiçoeiras e algumas quedas pelo caminho. Se não conseguires agora, tens a vida inteira para voltar a tentar, não podes é desistir. Mas nem quero que penses nisso, porque sei que consegues, confio em ti.
-Pai, se eu conseguir voar, posso voltar?
-Sempre que quiseres, filha,por mais longe que estejas, este será se este será sempre o teu lar.
...
-Filha, abre as asas e sente o vento passar... Estás a sentir?
-Sim pai, é tão tentador, tão intenso e ao mesmo tempo tão forte...é capaz de me arrastar. Não quero cair, pai.
-Filha, se caíres, voltas a tentar, há sempre outras oportunidades para voar.
-Mas pai, o vento vai-me fazer cair...
-Tens que ser forte, filha, mais forte que o vento. Se fores forte, se caíres e voltares a levantar vais ver, o vento não te volta a derrubar.
-E se eu me magoar, pai? E se eu não for forte? E se...
-...Filha, o futuro depende de ti, querer é poder e se tiveres fé em ti, tens tudo para voar.
-Pai, tenho medo de não conseguir voar, tenho medo de te desapontar...
-Não temas nada, não tens que ter medo, é o medo que te faz falhar. Não me desapontas. Filha, confia em ti...
-Não sei se consigo confiar. Se as asas falharem, pai, quem me vai amparar?
-Filha, as asas foram feitas para voar, só falham se não conseguires acreditar.
-Acreditar no quê, pai?
-Em ti, filha, nas tuas asas, na tua vontade de voar. Treinaste tanto para aqui chegar, estás tão perto da beira do ninho, este é só mais um desafio dos muitos que tiveste que enfrentar. A vida está cheia deles, o vento é forte, há brisas traiçoeiras e algumas quedas pelo caminho. Se não conseguires agora, tens a vida inteira para voltar a tentar, não podes é desistir. Mas nem quero que penses nisso, porque sei que consegues, confio em ti.
-Pai, se eu conseguir voar, posso voltar?
-Sempre que quiseres, filha,por mais longe que estejas, este será se este será sempre o teu lar.
...
Solidão...
Solidão
é um monstro que nos devora;
é como uma amora,
tão negra por dentro,
como por fora.
É, por vezes, um fruto tentador
desprezado por alguns
depende da dose e do humor.
Solidão,
Quanto mais nos deixamos levar
mais ela nos envolve
e nos começa a consumir
ora começa cá dentro,
ora começa cá fora,
depende do dia,
do momento
e da hora.
O coração fica enrugado
e a face chora...
Não é doce, esta amora,
este monstro que nos adora:
Somos presas tão fáceis a toda a hora...
Solidão,
é uma condição tão banal,
torna-se quase normal.
é um monstro que nos devora;
é como uma amora,
tão negra por dentro,
como por fora.
É, por vezes, um fruto tentador
desprezado por alguns
depende da dose e do humor.
Solidão,
Quanto mais nos deixamos levar
mais ela nos envolve
e nos começa a consumir
ora começa cá dentro,
ora começa cá fora,
depende do dia,
do momento
e da hora.
O coração fica enrugado
e a face chora...
Não é doce, esta amora,
este monstro que nos adora:
Somos presas tão fáceis a toda a hora...
Solidão,
é uma condição tão banal,
torna-se quase normal.
segunda-feira, março 08, 2010
Dia mau!
Raiva e frustração. É tudo aquilo que me ocorre dizer no dia de hoje. Quanto àquilo que me apetece fazer, bem, isso já é diferente...
Naquele momento apetecia-me rasgar a folha da ficha...
Agora apetece-me partir coisas,
apetece-me rasgar um bom livro,
apetece-me andar a correr à chuva e gritar,
ou então dar cabo do meu quarto!
Tenho vontade de saltar na cama até ser catapultada para o tecto, bater com a cabeça na parede, dar pontapés na mesa de cabeceira...
No entanto, não vou fazer nada disso porque nada modifica aquilo que está feito. Por vezes apetecia-me poder descobrir uma maneira de fazer o tempo voltar para trás. Quando era pequena pensava que mudar as horas do relógio era o suficiente, mas infelizmente isso nunca deu resultado. Quem me dera que desse... Era bom podermos ir ao passado e alterar algumas das coisas que fizemos mal, aqueles erros estúpidos que acabaram com amizades, aquelas traquinices que nos fizeram ficar com a marca de uma mão no rabo e mesmo a forma como encarámos os estudos nesses tempos.
Porém, pensando bem, se metade destas coisas não tivessem acontecido, nós não seriamos quem somos no presente, não teríamos aprendido com esses erros, nem avaliado o verdadeiro carácter de algumas amizades e é certo que não teríamos disfrutado tanto dos tempos de escola como fizemos. (Eu não posso falar por experiência própria deste aspecto, mas normalmente toda a gente se arrepende de não ter prestado muita atenção à escola.)
No entanto, hoje não consigo ver o lado positivo, não consigo pensar que mais tarde isto será uma gota num oceano, que olharei para trás e rir-me-ei de tudo isto. Hoje não me rio. Só penso, só grito em silêncio, expresso a minha revolta e frustração por me ter esforçado para nada.
Foi tempo perdido...talvez, nem sei bem. Agora sei que foi, mais tarde poderá já ser apenas mais um tempo indefinido.
Quem sabe?
Naquele momento apetecia-me rasgar a folha da ficha...
Agora apetece-me partir coisas,
apetece-me rasgar um bom livro,
apetece-me andar a correr à chuva e gritar,
ou então dar cabo do meu quarto!
Tenho vontade de saltar na cama até ser catapultada para o tecto, bater com a cabeça na parede, dar pontapés na mesa de cabeceira...
No entanto, não vou fazer nada disso porque nada modifica aquilo que está feito. Por vezes apetecia-me poder descobrir uma maneira de fazer o tempo voltar para trás. Quando era pequena pensava que mudar as horas do relógio era o suficiente, mas infelizmente isso nunca deu resultado. Quem me dera que desse... Era bom podermos ir ao passado e alterar algumas das coisas que fizemos mal, aqueles erros estúpidos que acabaram com amizades, aquelas traquinices que nos fizeram ficar com a marca de uma mão no rabo e mesmo a forma como encarámos os estudos nesses tempos.
Porém, pensando bem, se metade destas coisas não tivessem acontecido, nós não seriamos quem somos no presente, não teríamos aprendido com esses erros, nem avaliado o verdadeiro carácter de algumas amizades e é certo que não teríamos disfrutado tanto dos tempos de escola como fizemos. (Eu não posso falar por experiência própria deste aspecto, mas normalmente toda a gente se arrepende de não ter prestado muita atenção à escola.)
No entanto, hoje não consigo ver o lado positivo, não consigo pensar que mais tarde isto será uma gota num oceano, que olharei para trás e rir-me-ei de tudo isto. Hoje não me rio. Só penso, só grito em silêncio, expresso a minha revolta e frustração por me ter esforçado para nada.
Foi tempo perdido...talvez, nem sei bem. Agora sei que foi, mais tarde poderá já ser apenas mais um tempo indefinido.
Quem sabe?
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